Corinthians responde a crise em campo, prega união e renasce na temporada
A classificação épica de ontem (17) fez o Corinthians renascer na temporada depois de uma semana dura, dentro e fora de campo. Ao golear o Atlético-GO por 4 a 1 e se classificar na Copa do Brasil, o Alvinegro apagou o incêndio da eliminação na Libertadores e da derrota no clássico e abriu caminho para o clube olhar para frente.
O clima das entrevistas na Neo Química Arena, depois da goleada, foi positivo pela primeira vez em 15 dias. A tensão se dissipou, e reapareceram os sorrisos que, no último sábado (13), tinham sumido dos rostos de jogadores e funcionários da Arena. O Corinthians ressurgiu e quer deixar o passado para trás.
O técnico Vítor Pereira classificou a goleada como "uma resposta clara de caráter e união" e defendeu que os objetivos do Corinthians unem o grupo e a comissão técnica, mesmo que seja "natural que uma liderança forte não agrade A, B ou C". O goleiro Cássio, um pouco mais diplomático, fez questão de repetir várias vezes em suas entrevistas que o jogo foi uma prova do comprometimento do elenco com o trabalho do treinador.
Não é qualquer um que é eliminado, perde um clássico e depois dá uma resposta à altura. Mostra que é um time competitivo, que tem caráter. A gente sabia que precisava fazer um grande jogo, que precisava de um grande resultado e conseguimos com muito empenho."
Cássio, defendendo que o elenco está fechado com VP
O Corinthians vinha de semanas de turbulência. Desde o incômodo de parte do elenco com pontos da gestão de VP, passando pela saída de Willian até chegar aos maus resultados recentes em campo, que culminaram na queda na Libertadores e no distanciamento da disputa do título no Brasileirão.
A derrota no clássico contra o Palmeiras foi um divisor de águas. As torcidas organizadas chegaram a dar um ultimato ao criticar a diretoria do clube, e integrantes da Gaviões da Fiel inclusive se reuniram com o treinador nos últimos dias. A pressão era enorme, mas a classificação deu alívio. Ainda mais com três gols de Yuri Alberto, que não tinha marcado nenhum desde a contratação.
A goleada com vaga na semifinal parece deixar tudo isso para trás, pois põe uma pedra em cima da crise que vinha se arrastando. A polêmica declaração de Vítor Pereira sobre seu dinheiro no banco finalmente vira passado, as ameaças sofridas pela família de Fagner ficam para trás, assim como o jejum de Yuri Alberto e a seca de gols que o Corinthians como um todo vivia até anteontem.
Pensando para a frente, o Alvinegro agora tem uma visita ao Fortaleza às 18h (de Brasília) deste domingo (21), pelo Brasileirão. Depois disso, volta a pensar na Copa do Brasil: o primeiro jogo da semifinal contra o Fluminense é na semana que vem -data, horário e local ainda serão definidos pela CBF.
"Vivo no Corinthians há muito tempo e sei como [a pressão] funciona. Infelizmente os erros acontecem. A gente não quer errar nunca, mas é passível de erro. Sempre tive uma autocrítica grande, fiquei chateado e bravo por ter perdido aquele jogo da maneira que foi, mas tenho 33 anos e já passei por muita coisa no futebol e tenho que ter tranquilidade."
Fagner, sobre os dias seguintes após o erro no clássico de sábado
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