O que Felipão e Athletico aprenderam com Fla de olho no Palmeiras

O Athletico está fora da Copa do Brasil e, agora, passa a pensar na semifinal da Copa Libertadores diante do Palmeiras. É verdade, no meio do caminho tem o Campeonato Brasileiro, mas o técnico Luiz Felipe Scolari terá 12 dias para planejar os jogos contra Abel Ferreira. A primeira derrota em mata-mata sob comando do Furacão deixou lições para um novo duelo.

A primeira partida entre Athletico e Palmeiras acontece em Curitiba, no dia 30. O jogo em São Paulo será em 6 de setembro. Até o primeiro confronto, o time paranaense encara América-MG e Ceará, ambos pelo Brasileirão.

Relacionadas

Jorginho: 'Vítor Pereira é simpático, diferentemente de Abel Ferreira'

Athletico-PR está no topo no Brasil? Colunistas listam o top 5 do país

Felipão explica Athletico recuado contra o Fla: "não era o time da esquina"

Sem brechas mesmo

O Athletico usou três zagueiros e três volantes em casa, apostou em bolas longas para os laterais e preferiu não se expor. O motivo foi a qualidade do adversário, que na quarta-feira foi o Flamengo e em breve será o Palmeiras. A regra é a mesma, apesar de ser outra cor pela frente.

"O que tiramos de lição é que contra essas equipes também temos que dar o mínimo de oportunidade em qualquer setor. São jogadores de muita qualidade. Não podemos correr risco nenhum. Ou melhor, tentar [não correr riscos]", disse Felipão.

Vai ser diferente

"O Flamengo joga com losango [no meio-campo] e se [o outro time] não jogar com losango, fica no meio ali como barata tonta", explicou Scolari.

O detalhe é que o próprio Felipão espera outro time de duelo com o Palmeiras.

"Joga diferente, meu filho. Joga diferente. Não joga com losango como joga o Flamengo. Então, provavelmente vai ser diferente a escalação", alertou o treinador do clube paranaense.

2 a 0 não é parâmetro

No início de julho, o Athletico aplicou 2 a 0 no Palmeiras em pleno Allianz Parque. A vitória com os gols de Vitor Roque e Vitor Bueno, porém, não vai ser o pilar da preparação para os jogos contra o time de Abel Ferreira.

"Jogamos com o Palmeiras em São Paulo, ganhamos. Mas a gente sabe que aquele jogo não serve de parâmetro para os próximos dois jogos que envolvem uma Libertadores", frisou Luiz Felipe Scolari.

É possível. É?

Contra o Flamengo, o Athletico empatou sem gols no Maracanã e esperou ao máximo para baixar a guarda em Curitiba. No fim, adotou a leitura otimista.

"A lição principal é que nós podemos. Tivemos uma boa atuação que não foi ruim, não. Se não foi ótima porque não fizemos gol, foi boa no sentido geral. Todos eles tiveram atuações boas, de razoáveis para boas", opinou Felipão.

Só elogios a Abel

Ao contrário de recentes ataques contra Abel Ferreira, que partiram de alguns técnicos brasileiros, entre eles Cuca, Mano Menezes e Jorginho, Felipão sempre foi só elogios ao português. Tanto que já declarou algumas vezes que "Abel é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas".

"Eu trabalhei com o Abel quando ele era jogador, por dois jogos nas convocações lá em Portugal e, felizmente, tenho uma amizade fantástica com o Abel e gosto demais dele como pessoa e como treinador. Gosto do jeito que ele é. O Palmeiras tem uma forma de jogar muito forte. O vitorioso não serei eu nem o Abel, será o Athletico ou o Palmeiras", disse o técnico gaúcho, após eliminação na Copa do Brasil.

Outras respostas de Felipão na entrevista coletiva após jogo com o Flamengo:

Postura contra o Flamengo

"Nós estudamos, achamos que era assim que tínhamos que fazer. Fizemos em todas as partidas estudo, em todas as partidas que ganhamos ninguém contestou nada. Ninguém achou nada. Agora, perdemos uma partida, tá tudo errado. Não tá tudo errado, está muito bom e espero que a torcida do Athletico entenda o que estou falando."

Libertadores

"Dois jogos que nos dão a possibilidade de uma final. Contra quem? Não se sabe. Não pensem vocês que o Vélez [rival do Flamengo na semifinal] é tão fácil assim, não. Vão jogar lá e vocês vão ver. Esperem para ver..."