Grupo rifa camisa e mira produtos por grana para ídolo do Bota e da seleção
Um grupo formado por três torcedores do Botafogo e um do Fluminense se uniu e, nos últimos meses, vem estudando alternativas em prol do ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, o Manga. Ídolo do Alvinegro e do Internacional, e um dos grandes nomes da história do futebol brasileiro, ele atravessa momento de saúde delicado, o que causou impactos também financeiros.
Recentemente, foi divulgada nas redes sociais uma rifa de uma camisa do Glorioso autografada por todo o atual elenco. A ação, que teve ajuda do clube, passou pelos torcedores Rafael Bastos, Ícaro Vinícius da Rosa e Kelly Marcella Ramos, além do tricolor João Paulo Rocha, e é um dos passos de alguns que eles planejam. Uma linha de produtos licenciados é a próxima meta a ser atingida.
Manga trata um câncer e o quadro requer cuidados. Atualmente, o ex-goleiro mora no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, local que lhe abriu as portas para que ele voltasse ao Brasil, em 2020, ao lado da esposa Cecília, que é do Equador. Até então, eles moravam em Guayaquil, onde o jogador vestiu a camisa do Barcelona. O ex-goleiro, revelado pelo Sport, também é ídolo do Nacional, do Uruguai, e teve passagens marcantes por Grêmio, Coritiba e Operário-MS
"O Manga, hoje, vive, ao lado da Cecília, com uma aposentadoria. No ano passado foi criada uma campanha de venda de camisa retrô do Botafogo, que ele vendia diretamente. Eu e uns amigos botafoguenses compramos, mas acabou que eu demorei a ir buscar com eles e, neste período, troquei mensagens com a Cecília, e então fomos sabendo melhor da situação. Criou-se uma amizade", conta Rafael.
"Através do Botafogo, conseguimos essa camisa autografada para fazer a rifa e, paralelamente, estamos organizando uma vaquinha. Concomitante a isso, há outros projetos envolvendo o Manga", completou.
Rafael, que é advogado, passou a ser um dos administradores da página do Manga no Instagram e fazer postagens sobre a história do ex-goleiro. Ícaro, da página "Planeta Botafogo", já conhecia Manga e Cecília, e a partir daí, se juntou à empreitada.
O grupo, então, começou a procurar páginas e mídias independentes relacionadas aos clubes que Manga defendeu ao longo da carreira. O primeiro foi o Internacional, pelo qual foi tricampeão gaúcho, em 74, 75 e 76, e bicampeão brasileiro, em 75 e 76, e o número de seguidores na rede social do ex-goleiro cresceu exponencialmente.
Já há contato em curso ou marcado com historiadores e páginas sobre o Grêmio, Coritiba, Sport, Operário-MS e até mesmo com o Guarany de Camaragibe, onde Manga teria dado os primeiros passos no futebol.
"A nossa ideia é incentivar que esses torcedores sigam as redes sociais do Manga. Estamos conversando por uma linha dele de camisas casuais e, além disso, também estamos procurando os clubes para ver a viabilidade de fazermos produtos licenciados, inclusive com o Nacional e Barcelona. Estamos em contato também com o Guarany, de Pernambuco, um clube quase oculto, mas onde Manga teria iniciado. Mas tudo com muito cuidado, pois envolve diversos aspectos. Nossa ideia é que todos os recursos sejam revertidos para ele, que é um dos grandes goleiros da nossa história. Por onde passou, o Manga tem uma grande história, foi vitorioso".
Carreira com rotina de campeão
A importância de Manga pode ser medida pelo fato de o Dia do Goleiro, 26 de abril, ser celebrado no dia de seu aniversário. Recentemente, o UOL Esporte conversou com o ex-jogador, que falou sobre sua trajetória.
Pernambucano, ele foi revelado pelo Sport, mas ganhou notoriedade com a camisa do Botafogo, na vitoriosa década de 60. Começava com ele a formação que, no ataque, tinha Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. No Alvinegro, conquistou diversos títulos, como a Taça Brasil de 68 e as edições do Rio-São Paulo de 62, 64 e 66. No decorrer do período no Glorioso, costumava dizer que o "bicho", como é conhecida a bonificação após as vitórias, era certo nos jogos contra o Flamengo. Enquanto vestia a Estrela Solitária, chegou à seleção e defendeu o Brasil na Copa do Mundo de 1966.
Após deixar General Severiano, foi para o Nacional do Uruguai, clube pelo qual foi campeão da Libertadores e do Mundial de 71. No retorno ao Brasil, vestiu as cores do Internacional, e levantou os Brasileiros de 75 e 76, e os Gaúchos 74,75 e 76.
No Operário, conquistou o Mato-Grossense de 1977 e fez parte da campanha que fez o time alcançar as semifinais do Brasileiro.
Pelo Coritiba, esteve no elenco campeão Estadual de 78. Foi campeão gaúcho pelo Grêmio em 79. No Barcelona de Guayaquil, do Equador, levantou o torneio nacional em 1981.
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