Fla revê Palmeiras e se inspira em feito de 2009 para sonhar com a taça
O filme parece repetido. Hoje (21), às 16h, no Allianz Parque (SP), o Flamengo enfrenta o líder Palmeiras em busca de encurtar a distância na tabela do Campeonato Brasileiro para seis pontos. Há 13 anos, o Rubro-Negro encarava fora de casa o Alviverde com o mesmo cenário, também nove pontos atrás. Naquele dia, Petkovic foi o dono do jogo, fez dois golaços, o time da Gávea venceu por 2 a 0 e arrancou na campanha que terminou com o título do Campeonato Brasileiro de 2009 para o Flamengo.
O cenário naquele 18 de outubro de 2009, no antigo Palestra Itália (SP), era até mais difícil. Na ocasião, a competição já estava em sua 29ª rodada —hoje será disputada a 23ª rodada do Brasileirão de 2022. Além disso, o Flamengo era o sexto colocado. Agora, está em segundo lugar.
O jogo foi bastante disputado. Pelo lado do Flamengo, Adriano Imperador, Petkovic, Léo Moura e Juan vinham numa crescente. Já o Palmeiras contava com Diego Souza, Vágner Love e Edmilson em bom momento. Ambos os times tiveram grandes oportunidades, mas Pet estava em um dia iluminado. No primeiro tempo, tabelou com Juan, enfileirou a zaga e fez um golaço. Na etapa final, fez um gol olímpico, cobrando o escanteio diretamente para a meta.
Integrante da diretoria em 2009, o atual vice de futebol rubro-negro, Marcos Braz, utiliza aquela campanha como motivação para o Flamengo ainda acreditar no título brasileiro. "Eu, pessoalmente, tive a oportunidade [de ver o Flamengo arrancar para um título] em dois Campeonatos Brasileiros, com duas comissões técnicas diferentes. O primeiro em 2009, quando estávamos 13 pontos atrás do Palmeiras [no início da arrancada] e conseguiu ganhar. Posteriormente, em 2020, chegamos a ter 11 pontos atrás do São Paulo [e também foi campeão]. Então, eu sou um eterno otimista em relação à força do Flamengo e à força desse grupo", disse o dirigente durante o evento da CBF para o sorteio dos mandos de campo das semifinais da Copa do Brasil.
Apesar do otimismo, Marcos Braz admitiu que o Flamengo tem pago preço alto por conta dos tropeços anteriores na competição, quando a equipe ainda era comandada pelo português Paulo Sousa. "O Flamengo vem de um processo de cinco, seis jogos, todos decisivos, estamos com pouca margem de manobra. A gente está com pouquíssima margem de erro, isso por culpa também de situações do Flamengo que lá atrás, talvez, poderíamos ter ganho jogos que não ganhamos. E agora é enfrentar isso e saber que temos qualidade e tamanho para reverter esse quadro", declarou.
Nas semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil, o vice de futebol descartou priorizar algumas das três competições, e disse que o Flamengo irá com força máxima em todas: "A partir do momento que você chega numa semifinal de Libertadores e numa semifinal de Copa do Brasil como essa, e na importância que se tem de um Campeonato Brasileiro, acho que não dá mais para falar em poupar, de falar em competição A ou B, se uma é melhor que a outra. Agora vamos com tudo. Estão faltando três, quatro meses para acabar a temporada. Se Deus quiser, vamos acabar de uma maneira muito melhor do que começamos".
Eu não vou falar de tríplice de coroa porque o Flamengo está crescendo na hora certa, mas ainda não ganhamos absolutamente nada. A gente não ganhou uma Copa do Brasil, não ganho uma Libertadores e sequer somos os primeiros no Campeonato Brasileiro. O que temos que fazer é deixar essa alegria toda para a torcida, que tem que se posicionar, brincando, mas internamente temos que ter a absoluta certeza de que não ganhamos nada. Ainda estamos no caminho para que mais uma vez a gente acabe a temporada de uma maneira muito melhor do que começamos".
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