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Em meio à guerra, o Campeonato Ucraniano volta a ser realizado

Equipes ucranianas perfiladas no primeiro jogo no país após a invasão da Rússia - Reprodução/Twitter
Equipes ucranianas perfiladas no primeiro jogo no país após a invasão da Rússia Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

23/08/2022 13h58

Paralisado desde fevereiro, o futebol voltou a ser disputado na Ucrânia. A interrupção aconteceu por conta da invasão russa ao país, que ainda está vigente no momento.

Na manhã de hoje (23), Shakhtar Donetsk e Metalist 1925 empataram em 0 a 0, no Estádio Olímpico de Kiev, pelo Campeonato Ucraniano.

"Esta é uma iniciativa única na história. Futebol contra a guerra em condições de guerra. Futebol pela paz", disse Andrei Pavelko, presidente da Federação Ucraniana de Futebol.

No estádio, o mesmo em que foi disputada a final do Eurocopa de 2012 e também a final da Liga dos Campeões de 2018 entre Real Madrid e Liverpool, não havia ninguém nas arquibancadas.

Os jogos na Ucrânia voltaram a ser realizados, mas de uma forma diferente. Por conta da guerra, não é permitido que haja público nas partidas e há a presença de um grande contingente militar.

Além disso, no caso de soar o alarme aéreo, os participantes no jogo devem se refugiar nos abrigos que serão montados a uma curta distância de cada campo. O protocolo estabelece que ele não deve estar a mais de 500 metros do estádio. Os horários e locais da partida também não serão divulgados por questão de segurança.

"Realizar torneios de futebol durante a guerra não é apenas esporte. É mostrar a coragem de nosso povo, seu espírito indomável e seu desejo de vitória", disse Pavelko.

Outro ponto a se destacar é que o Campeonato Ucraniano desta temporada vai contar com duas equipes a menos. O Mariupol não jogará a competição porque a cidade portuária foi tomada pelas tropas russas. Além dele, o Chernigov, que é de uma das cidades mais atingidas da invasão militar.

Os jogos de abertura da temporada foram programados para coincidir com o Dia da Bandeira Nacional da Ucrânia e fornecer mais uma demonstração de resistência após a invasão da Rússia em fevereiro deste ano.

Mas também ocorre quando a Embaixada dos Estados Unidos na capital alertou sobre a possibilidade crescente de ataques militares russos à Ucrânia.