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Santos encontra soluções e só leva mais gols que o Palmeiras no Brasileiro

Lisca, técnico do Santos - Ivan Storti/Santos FC
Lisca, técnico do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em Santos (SP)

25/08/2022 04h00Atualizada em 25/08/2022 09h36

Muito se fala sobre o DNA ofensivo do Santos, mas o time tem se caracterizado por um bom sistema defensivo no Campeonato Brasileiro. O Peixe só levou mais gols que o líder Palmeiras e tem feito da solidez uma arma.

Com 20 gols sofridos em 23 jogos, o Santos é, ao lado do Flamengo, a segunda melhor defesa do Brasileirão. O Palmeiras só levou 15 e também tem o melhor ataque, com 38 gols. O Verdão tem 49 pontos e está oito à frente do vice-líder Fluminense.

O Santos já estava bem na defesa com Fabián Bustos e tinha média de um gol sofrido por partida. O maior problema no trabalho do ex-técnico estava no ataque. Com Lisca, o rendimento defensivo está ainda melhor.

Nos cinco jogos sob o comando de Lisca, o Santos levou apenas quatro gols: dois deles contra o Fluminense, um do Coritiba, um do América-MG e nenhum do Fortaleza e São Paulo. A média agora é de 0,8 gol sofrido por partida. No ataque, a equipe de Lisca também precisa melhorar e fez somente cinco gols no período: média de um a cada 90 minutos. O Peixe é o oitavo colocado no Brasileirão, com 33 pontos.

Abaixo, o UOL Esporte traz alguns dos motivos para o Santos se destacar defensivamente no Campeonato Brasileiro:

Muralha

O Santos oferece menos chances aos adversários, mas, quando a bola chega, é difícil passar por João Paulo. O goleiro mantém ótima fase e raramente falha. Contra o São Paulo, no último domingo (21), o rival cresceu no segundo tempo e parou no camisa 34. João Paulo tem 80 defesas no Brasileirão, entre elas, 18 difíceis. E nenhum erro defensivo grave, de acordo com o Sofascore.

Dupla forte

Maicon (33) e Eduardo Bauermann (26) estão cada vez mais entrosados na zaga do Santos. Com os dois em campo, o Peixe levou 14 gols em 19 jogos e saiu ileso em seis partidas. Bauermann é o líder em cortes (99) entre todos os atletas do campeonato.

Mudança na marcação

Sob o comando de Lisca, o Santos passou a marcar por zona e não tem mais perseguições individuais. Diferentemente de Bustos, que "afundava" o volante Rodrigo Fernández como terceiro zagueiro, Lisca posiciona o uruguaio à frente dos defensores e tem dois meias, um em cada lado do campo.

Outro ponto positivo do sistema de Lisca é a ajuda dos pontas. Com Lucas Barbosa (Lucas Braga) e agora com Soteldo para marcar os laterais adversários junto com os meias, os alas do Santos estão mais protegidos. É por isso que Ângelo, de 17 anos e com alguns problemas táticos, não é titular.

Jogo aéreo forte

Desde que Lisca assumiu, o Santos só levou um gol de cabeça (de Léo Gamalho, contra o Coritiba). E nenhum foi de bola parada, em cruzamentos de faltas ou escanteios. O Peixe sofreu dessa forma em outros momentos da temporada e agora se mostra forte pelo alto.

Maicon, zagueiro destaque do Santos no Campeonato Brasileiro - Raul Baretta/AGIF - Raul Baretta/AGIF
Maicon, zagueiro destaque do Santos no Campeonato Brasileiro
Imagem: Raul Baretta/AGIF

E agora?

O Santos terá um desafio para manter a boa fase defensiva contra o Cuiabá no próximo domingo (28), na Arena Pantanal, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. O volante Rodrigo Fernández está suspenso por causa do terceiro cartão amarelo.

O provável substituto é Camacho, que tem características mais ofensivas. Vinicius Balieiro, que também é um "cão de guarda", nem ficou no banco de reservas contra o São Paulo. Uma alternativa para Lisca é escalar Luiz Felipe no esquema com três zagueiros.

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