Cuca avalia queda de rendimento do Atlético-MG: "É raro se manter em alta"
O empate do Atlético-MG diante do América-MG, por 1 a 1, hoje (28), no Independência, pela 24ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro fez com que o time alvinegro chegasse à marca de apenas uma vitória nos últimos nove jogos na temporada. Nesse período, o Galo foi eliminado da Libertadores nos pênaltis pelo Palmeiras e está fora do G6 do Brasileiro após ter encantado o país no ano passado com as conquistas do Mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileirão, o que inevitavelmente faz com que comparações do desempenho atual com o da temporada anterior sejam abertas com frequência.
Após a partida diante do Coelho, o técnico Cuca avaliou a queda de rendimento do time e ressaltou a dificuldade que os clubes no geral enfrentam na hora de se manter no alto após grandes conquistas. Além do Atlético, o treinador chamou a atenção para o Flamengo e fez comparação com Palmeiras que, na visão dele, é um dos poucos a conseguir esse feito. Vale lembrar que os jogadores foram surpreendidos com um protesto da organizada Galoucura, na última semana, que cobraram justamente um melhor desempenho da equipe.
"O protesto não mexeu em nada negativo para a gente, pelo contrário. Questionaram de todos nós em comparação ao que tínhamos ano passado e não tão errados. Se tinha antes, por que não tem agora? É a pergunta que todo mundo faz. Isso é do ser humano, são dos times, é raro os times se manterem em alta como o Palmeiras está se mantendo hoje. O Flamengo deu uma caída, agora que está retomando. Olha para essas equipes que tiveram grandes momentos e demoraram para se recuperar. É o momento de cada time passar. Nossa missão é encurtar essa fase de ter rendimento bom, mas sem o resultado", disse o treinador.
Para começar a virar a chave no Brasileiro, o Atlético terá pela frente o Atlético-GO, no próximo domingo (4), às 18h (de Brasília), no estádio Antônio Accioly.
Confira outros trechos da entrevista de Cuca
Momento
"Temos Transformar ansiedade em confiança, um comparativo enorme do que jogava o ano passado não é fácil. Vão apontar diversos fatores: 'o time está desmotivado, não tem a concentração de outrora', mas isso não é um remédio que você encontra, isso vem com sequência de jogos tentando ter um jogo bem jogado para quando vier uma vitória boa, você recuperar a autoconfiança. Hoje não perdemos, não estamos felizes com o empate. Mas se não tivéssemos perdido para o Goiás e para o Athletico teríamos mais dois pontos. Aos poucos as coisas vão mudar, não vai ser uma metamorfose, virar a chave e ganhar de todo mundo. Vai ser natural e nós temos trabalhado bem os caras. Tudo que eu podia ter feito como treinador e eles como jogadores foi feito essa semana. Trabalhamos a parte física, tática, técnica, emocional, talvez ela não tenha surtido efeito hoje, mas tem muitos jogos e ela pode surtir efeito na sequência.
O jogo
"Hoje não foi um desempenho que a gente esperava, mas foi um jogo muito duro. Sabem que aqui é jogado complicado (horto). O momento do adversário é bom, tem uma equipe ajustada, diferente do nosso momento. Até o pênalti, nós fomos melhores. Fizemos 1 a 0, metemos bola na trave. No segundo tempo tivemos o controle do jogo, mas não tivemos a contundência e a efetividade e escolhas certas. Vão dizer que estamos dependendo muito do individual, mas todo mundo depende do individual. Tem hora que o coletivo funciona até uma parte. Nós não tivemos grandes erros, só agora no final que o Aloisio quase fez. Mas, no geral, foi uma equipe bem distribuída. Em comparação ao que jogava e como as coisas fluíam ano passado, vai ficar sempre esse comparativo. Temo que saber que esse momento não é o mesmo do ano passado e só vai passar trabalhando".
Projeção
"Talvez esse ponto de hoje seja um princípio. Porque se você ganhar domingo, com esse serão quatro. Não vai ser de uma hora para outra e não adianta querer que mudem repentinamente. É processo. Tem que remar, é nosso momento de remar para depois embalar. Vai encorpando e, mais para frente, pode ser um bom resultado".
Será penoso entrar no G4?
"Se for penoso, você tem a parada. Tem o diretor de futebol que é o melhor que tem hoje no brasil. Um cara que sabe tudo de montagem, remontagem, manutenção de elenco. Hoje é reverter esse momento. Não é pensar em fazer 10 pontos, é fazer três, não adianta querer vender uma imagem de que isso vai acontecer. Nós temos obrigação de ir para a Libertadores e a gente vai lutar por ela até o final. Agora, esse momento de instabilidade, incerteza, insegurança dos jogadores ele passa se você continuar trabalhando forte. Às vezes com uma semana não dá para mostrar em um jogo, mas tenho expectativa de que isso vai acontecer".
Defesa
"Os 11 gols é uma preocupação desde que você faça menos que os 11. Hoje nós entramos com o Rever para ele dar uma segurança técnica maior. No segundo tempo jogamos com o Nathan e fez um grande jogo na minha opinião. Há quanto tempo o Everson não fazia um grande jogo, uma grande defesa como ele fazia ano passado? Hoje ele fez duas. O Hulk, quanto tempo não fazia gol e era protagonista? Ele foi bem. Então temos pontos positivos que vamos tirar proveito".
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