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Defesa do São Paulo preocupa Ceni ao sofrer gols cedendo poucas chances

Do UOL, em São Paulo

29/08/2022 04h00

O roteiro dos últimos jogos foi o mesmo: o São Paulo pressiona e às vezes controla o jogo, mas é ineficiente tanto no ataque quanto na defesa e acaba derrotado. O padrão virou preocupação para Rogério Ceni, que diz publicamente que o time faz poucos gols mesmo criando muito e sofre gols demais apesar de ceder poucas chances.

Ontem (28) foi assim de novo. O Tricolor esteve melhor do que o Fortaleza durante todo o jogo no Morumbi, pressionou muito, mas parou no goleiro adversário e acabou derrotado por 1 a 0. Os números do revés ilustram bem o que foi o jogo: oito finalizações na direção do gol de Fernando Miguel, mas nenhum gol; o único chute que foi na direção do gol de Jandrei entrou, justamente o gol da vitória.

Não foi apenas uma tarde feliz do goleiro do Fortaleza, pois este tem sido o padrão do São Paulo nos últimos jogos. Já havia sido assim há cinco dias, quando o São Paulo tomou 3 a 1 do Flamengo em um jogo em que só cedeu quatro finalizações na direção de seu gol —a eficácia rubro-negra foi de 75%.

A preocupação aumenta pelos jogos que o São Paulo tem pela frente: pega o Atlético-GO na quinta-feira (1º) tentando evitar que a semifinal da Sul-Americana vá pelo mesmo caminho que a semifinal da Copa do Brasil. O jogo de ida está marcado para 21h30 (de Brasília), no Serra Dourada, em Goiânia.

"A gente finaliza muito no gol adversário, e os outros times não finalizam tanto [no nosso]. O Flamengo finalizou quatro, o Fortaleza só uma no nosso gol. O duro seria se o nosso goleiro fosse sempre o melhor em campo, fazendo oito defesas, seria preocupante dar muitas chances ao adversário."
Rogério Ceni, na entrevista coletiva de ontem

O treinador também disse que a melhora do desempenho defensivo passa por não deixar com que o gol do adversário seja algo normal.

"Temos que fazer com que o gol do adversário não seja algo comum. Não podemos mais, temos que nos irritar com isso. Não podemos deixar que o adversário faça gols com facilidade na gente", afirmou.

Ineficiência no ataque também é problema

O São Paulo tem pecado nos dois extremos do campo. Por um lado cede mais gols do que supostamente deveria, por outro também faz menos do que dele se espera. Contra o Flamengo, por exemplo, foram 26 chutes tentados pelo Tricolor, cinco deles na direção certa, mas só um gol feito. Contra o Fortaleza foram 15 tentativas, oito com direção, e nenhum gol. A má fase dos atacantes foi notada na entrevista coletiva de Ceni, ontem.

"O que posso dizer? Estamos chegando na frente do gol, tendo oportunidades, mas a bola não está entrando. Aí é hora de ter calma, e numa próxima oportunidade ter capacidade e frieza para fazer os gols. Se não estivéssemos criando nada, era preocupante, mas foram muitas oportunidades de gol. Temos que melhorar isso", admitiu o treinador, cobrando calma de Calleri, Luciano e cia. na hora de colocar a bola para dentro.

"Espero que a gente continue criando da maneira que estamos criando, mas pare de sofrer gols. São poucas as oportunidades que os adversários têm contra a gente, mas estamos cedendo gols. Jogando da maneira como estamos jogando, com este número de finalizações, existe uma possibilidade grande de ganhar os próximos jogos."
Rogério Ceni, esperando evolução do São Paulo nas decisões que tem pela frente

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