Futebol

Mauro Cezar sobre Flamengo x Vélez na Libertadores: 'Todo cuidado é pouco'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/08/2022 17h12

Mauro Cezar Pereira acredita que "todo cuidado é pouco" para o Flamengo no duelo da semifinal da Libertadores contra o Vélez Sarsfield, da Argentina. Na Live especial do UOL Esporte, transmitida na tarde desta terça-feira (30), o comentarista analisou a partida desta quarta e alertou o clube rubro-negro sobre os perigos de encarar o time argentino.

"É um jogo com favoritismo do Fla, mas todo cuidado é pouco. Não se brinca com semifinal de Libertadores", destacou.

Mauro também comentou que a atual campanha do time argentino a nível nacional - vice-lanterna em seu campeonato local -, não deve ser levada como parâmetro.

"Esse time eliminou o River Plate e depois passou pelo Talleres. É um jogo que pode ser perigoso, tem que ter muito cuidado. O Vélez não tem o menor risco de cair, então ele largou de vez o campeonato. E o Flamengo tem histórico né, com derrotas assim", acrescentou.

Flamengo é muito favorito?

Rafael Oliveira também comentou sobre o grande confronto da próxima quarta-feira (31), válido pela outra semifinal da Copa Libertadores.

Duelo esse que terá de um lado um Flamengo muito consistente, principalmente pela força coletiva que se acentuou desde a chegada do técnico Dorival Júnior; e de outro um Vélez Sarsfield copeiro e que chegou à essa fase com bastante competência.

"Será uma surpresa, se o Velez conseguir ameaçar de fato a classificação, e mais ainda se conseguir eliminar o Flamengo. Há uma diferença considerável entre as equipes, que faz do Flamengo um claro favorito para chegar até a final. Agora, um fato que ajuda a não perder o alerta de vista, é ter em mente que o Vélez eliminou o River, que é outro gigante do continente, embora ão estivesse em seu melhor momento. É uma surpresa o Vélez ter chegado até aqui, mas chega com mérito", analisou.

Jogo de ida entre Athletico e Palmeiras não é decisivo

Mauro também analisou o confronto entre Athletico Paranaense e Palmeiras, que colocará frente a frente Felipão e Abel Ferreira, na briga por uma vaga na grande decisão da Copa Libertadores. Para ele, apesar do significado deste embate, a expectativa por um bom jogo não está tão alta, pelo estilo de jogo das duas equipes e também pelos desfalques do time paulista.

"O Palmeiras não é um time que, fora de casa, sai para pressionar. Geralmente, tem uma postura mais cautelosa, ainda mais sem dois jogadores [Danilo e Scarpa, que foram suspensos]. Acredito que o Athletico agrida um pouco mais, mas sem se expor. Não vejo o jogo de hoje como tão decisivo assim, de se não ganhar não classifica. Acho que o Athletico é capaz de resolver em São Paulo", frisou.

Palmeiras e Flamengo devem nadar de braçadas

Mauro Cezar também comentou sobre a forte presença de clubes brasileiros nas competições continentais. De acordo com o comentarista, Palmeiras e Flamengo devem continuar com protagonismo na América do Sul, principalmente pelo forte poder financeiro.

"É reflexo da grana, é uma questão da economia. Não que a economia brasileira esteja uma maravilha, mas mesmo assim... e a gente tem aqui no Brasil, assim como na Argentina, clubes que contratam sem condição - é o caso do Corinthians, do São Paulo, do River Plate. Não vejo nenhuma mudança de rumo. A tendência é Palmeiras e Flamengo continuarem nadando de braçadas, a não ser que apareça algum clube turbinando, seja por SAF ou mecenas", disse.

São Paulo tem obrigação de vencer a Sul-Americana?

Mauro Cezar Pereira também comentou sobre o favoritismo do São Paulo na Copa Sul-Americana. Para ele, o clube do Morumbi não acredita que vencer a competição seja uma obrigação, mas a situação pode ficar complicada caso o time termine o ano sem a taça.

"Em se tratando do São Paulo, não existe essa expressão 'favoritismo muito grande', não tem como. O São Paulo não consegue ser favorito, ele consegue pregar as maiores peças em sua torcida. A torcida do São Paulo merece coisa melhor, mas está difícil. É favorito no confronto. Mas, está sob forte pressão. Não acho que seja obrigação [ser campeão da Sul-Americana], mas o torcedor está vendo assim", acrescentou.

Veja a íntegra do programa: