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Presidente do Grêmio diz que chegada de Renato serve para mudar ambiente

Renato Gaúcho é ídolo da torcida do Grêmio pelo que fez como jogador e técnico - Lucas Uebel/Getty Images
Renato Gaúcho é ídolo da torcida do Grêmio pelo que fez como jogador e técnico Imagem: Lucas Uebel/Getty Images

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

02/09/2022 11h39

Romildo Bolzan Júnior, presidente do Grêmio, explicou, em entrevista coletiva concedida hoje (2), as razões pelas quais optou pela demissão de Roger Machado e a chegada de Renato Gaúcho. Segundo ele, o ambiente de pressão precisava ser alterado e o novo treinador trará um clima positivo.

"Eu tenho um respeito muito grande e uma admiração sobre o trabalho do Roger, que foi extremamente positivo. Não mudei nada do que penso sobre ele. Mandei uma mensagem para ele e vou o procurar mais adiante. Mas temos 11 jogos extremamente complicados [até o fim da Série B] e ambientes fragilizados. Não é possível um time que vem jogando três partidas, e não cito a do Cruzeiro, que realmente são comprometidas e não tenha um ambiente seguro, sólido, estabilizado... No aquecimento já se vaiam jogadores, quando entra em campo se vaia o treinador", disse Bolzan.

"Hoje temos que criar um ambiente extremamente importante para gerar a segurança de todos. Este ambiente que pode comprometer a campanha, temos que ter cuidado. É neste sentido a decisão que foi tomada. Tínhamos que resolver isso, não poderíamos aceitar esta instabilidade, e por isso optamos por uma nova comissão técnica", completou.

O mandatário deu mais alguns detalhes sobre a chegada do novo treinador. Renato assume com contrato de apenas dois meses. Na conclusão da Série B, em novembro, a ligação se encerra. A chegada foi unanimidade entre os membros do Conselho de Administração do clube.

"Quem tem respeito, tem respeito. O Felipão foi assim, o Roger também será. O Renato, neste momento, responde todas estas questões. Ele mobiliza, agrega, dá estabilidade emocional ao elenco, assume a bronca e a torcida tem um profundo respeito por ele, e compra a ideia dele. Isso nos traz uma absoluta tranquilidade para os 11 jogos. O Renato chega única e exclusivamente para nosso objetivo de voltar [para Série A]. Este foi o raciocínio", disse.

Ou seja, a cartada gremista mira modificar o ambiente de pressão com a chegada de um ídolo para o comando e encerrar rapidamente a instabilidade na reta final da segunda divisão.

"O torcedor não tem ideia como isso [vaias] prejudica. Não estamos vendo erros no trabalho do Roger. O que faltou foi sentir que todos comprassem a ideia. O ambiente gerado não foi o que precisamos para enfrentar o que temos pela frente. Por isso fizemos a mudança", comentou.

Segundo Romildo, Renato não chega como 'salvador da pátria', mas como um pilar da retomada do ambiente positivo.

"Não é um salvador da pátria, mas um agregador importante para as últimas partidas. Não existe perfil, modelo, atitude, liderança, algo mais importante do que o Renato. Ainda bem que ele é gremista e faz um contrato de dois meses. Com o status profissional que ele adquiriu, assumiu este risco. Não dá para esquecer que ele também coloca seu nome em risco. Mas pega um time hoje classificado, que há quatro rodada era declarado favoritíssimo para disputar o título", finalizou.

Renato Gaúcho chega a Porto Alegre nos próximos dias e comandará o time a partir do treinamento de segunda-feira. Sua estreia será contra o Vasco, no dia 11. Antes, na noite de hoje, César Lopes, do time sub-20, comandará a equipe.

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