Fla: Dorival ressalta confiança e revive fantasmas para justificar escolhas
Já são nove partidas de invencibilidade do chamado "time B" do Flamengo, mas pela primeira vez o técnico Dorival Júnior teve contestada a escolha por uma maioria de reservas no empate em 1 a 1 com o Ceará, resultado que impediu o Rubro-Negro de se aproximar do líder Palmeiras.
O treinador, no entanto, se manteve convicto em suas estratégias mesmo com o tropeço e baseou suas opções em dois pilares: a confiança no elenco e os fantasmas do passado que já atormentaram o clube na Libertadores.
Dorival optou por poupar a maioria dos titulares visando o jogo de volta das semifinais da Libertadores, contra o Vélez Sarsfield, na próxima quarta-feira (7), no Maracanã (RJ). O argumento de contestação dos críticos foi o de que o Flamengo já havia goleado os argentinos na ida, em Buenos Aires (ARG), por 4 a 0, o que, em tese, garantiu uma maior tranquilidade para o duelo, algo que, na avaliação deles, permitiria ao treinar escalar sua força máxima contra o Ceará em busca de se aproximar do Palmeiras, que na véspera havia empatado em 2 a 2 com o Red Bull Bragantino.
O técnico, por sua vez, garantiu não ter se arrependido de suas escolhas, relembrando fantasmas do passado do Flamengo na competição, quando achou que a classificação já estava garantida e acabou eliminado, caso, por exemplo, de 2008, contra o América do México do carrasco Cabañas. Na ida, o Fla construiu uma vantagem após vencer por 4 a 2. Na volta, contudo, derrota por 3 a 0 e eliminação nas oitavas de final.
"Não há arrependimento nenhum. Confio na equipe que coloco em campo, hoje (ontem) não aconteceu o resultado, não tivemos um bom primeiro tempo, mas não podemos colocar na conta dos jogadores. É uma situação em que você acredita e tem um norte, uma decisão tomada. Para todo mundo a situação da Libertadores está definida, mas não pensamos da mesma forma e não quero correr riscos. Temos um histórico aqui dentro do Maracanã mesmo, é só voltar um pouquinho no tempo", disse ele, que acrescentou:
"Precaução faz parte da nossa vida. O que não quero é que uma surpresa desagradável aconteça na quarta. Futebol prega peças, por isso que o meu respeito com o jogo do Vélez é o mesmo que tive com o Ceará, mantendo uma linha do que acho que seria o correto", declarou.
Apesar de ser um time B, Dorival escalou uma equipe diferente da que vinha atuando no Campeonato Brasileiro. David Luiz e Léo Pereira, por exemplo, que estão suspensos contra o Vélez, começaram jogando contra o Ceará, assim como Gabigol, que está pendurado na Libertadores e deve ser poupado do jogo de quarta.
Outras novidades foram o lateral direito uruguaio Varela e o volante chileno Erick Pulgar nas vagas de Matheuzinho e Vidal, respectivamente, que vinham atuando com mais frequência nessa equipe.
Mesmo com o tropeço, Dorival segue confiante no grupo e nas estratégias estabelecidas para as três competições que ainda estão em disputa: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
"Não altera nada. Não alteramos o nosso comportamento com a sequência de vitórias, nós não vamos alterar de forma alguma para os nossos próximos resultados. Cada partida é de uma forma. Temos que enaltecer a equipe do Ceará, que foi muito competente no que se propôs a fazer. Nós tivemos boas oportunidades de gol, não aconteceram, mas não é por isso que vamos jogar fora tudo o que está sendo desenvolvido. Tenho a convicção do que está sendo proposto e de que as coisas vão acontecer no momento adequado", disse.
Mesmo ainda faltando dois dias para o duelo com o Vélez Sarsfield, o técnico Dorival Júnior não fará mistério para escalar a equipe, a não ser a dúvida quanto a colocar Gabigol ou não. Considerando as suspensões, o time deverá ir a campo com: Santos, Rodinei, Fabrício Bruno, Pablo e Filipe Luís; João Gomes, Thiago Maia, Arrascaeta e Everton Ribeiro; Everton Cebolinha e Pedro — David Luiz e Léo Pereira, os zagueiros titulares, estão suspensos.
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