Tite revela preferência por técnico brasileiro como sucessor na seleção
Tite, que comanda a seleção brasileira desde 2016 e que vai deixar o cargo ao final da Copa do Mundo, revelou que prefere ver um brasileiro como sucessor no posto, e não um treinador estrangeiro, como muitos pedem.
Em participação no "Bem, Amigos", do SporTV, o técnico ainda reforçou que, apesar de sua opinião ser conhecida nos bastidores, não possui qualquer tipo de participação na escolha do novo treinador da equipe.
"Não me sinto confortável [para participar da escolha]. Posso? Posso, mas não quero. Não fiz isso nem no Corinthians quando fui campeão mundial. Tem que pegar executivos com capacidade suficiente para ver entender que modelo tinha e o que pode fazer", iniciou.
Ele justificou sua "torcida" para o próximo técnico da seleção "ser um profissional brasileiro" ao citar alguns colegas de profissão.
"É o meu sentimento. Dos últimos cinco campeões mundiais sul-americanos, quatro são brasileiros: eu, Paulo Autuori, Abel Braga e Felipão [pela seleção]. Depois vem o [Carlos] Bianchi. São profissionais identificados com a cultura do país. É minha posição. Mas não me sinto confortável para indicar nomes."
Também participante do programa, Juninho Paulista, coordenador de futebol da CBF, revelou que a entidade não vai estudar nomes para o cargo de técnico da seleção até o fim da Copa do Mundo. O ex-meia ainda fez um apelo para os dirigentes da entidade: a manutenção da comissão e de profissionais que atuam em áreas médicas, fisiológicas e psicológicas.
"Está na hora de os dirigentes evoluírem"
Ainda no "Bem, Amigos", Tite fez uma crítica aos dirigentes de clubes brasileiros ao ser abordado sobre a dança das cadeiras dos treinadores.
"A gente falou que a imprensa tem que evoluir nas análises. Certo. Ouvi que os técnicos tinham que estudar e crescer muito. É verdade. Ouvi dizer que s atletas, taticamente, estão em processo de evolução. Está na hora dos dirigentes evoluírem também", iniciou.
"Está na hora de os dirigentes criarem processos ou encontrar estes atletas e formandos, que estudaram, e dar as condições. E dar tempo para trabalhar. Senão a gente vai ficar toda hora nesse: 'esse aqui vai salvar' e oito jogos depois ele sai. [...] A gente não respeita processos. Os dirigentes precisam se informar melhor", finalizou Tite ao programa do SporTV.
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