Golpes de figurinhas do álbum da Copa se espalham; saiba como não cair
Classificação e Jogos
A dificuldade da missão de completar o álbum da Copa do Mundo vai muito além de encontrar aquelas figurinhas lendárias. Nas últimas semanas, muitas pessoas têm sido vítimas de golpes virtuais relativos ao álbum, o que já chama atenção de colecionadores, empresas de segurança da informação, autoridades e da própria editora responsável pela fabricação.
Na maior parte dos casos, as vítimas caem nos golpes por acreditarem em falsas oportunidades apresentadas nas redes sociais. Preferencialmente via WhatsApp e Facebook, os criminosos montam campanhas com supostas promoções imperdíveis e assim atraem a atenção dos colecionadores.
Uma das campanhas que circula nas últimas semanas tenta convencer as pessoas que a editora Panini está sorteando um álbum e mais 80 pacotinhos de figurinhas, no total de 400 figurinhas. Para supostamente receber o prêmio é necessário responder um questionário simples, com perguntas que induzem ao erro de se tratar realmente da editora, do tipo: "Com que frequência você compra nossos produtos?" e "Você conhece a Panini?".
Há também elementos que fazem o consumidor tratar o golpe como grande oportunidade, já que o sistema conta tempo e atualiza com um número de produtos disponíveis cada vez menor.
A fraude ainda tem comentários de supostos clientes que já teriam recebido o prêmio e um espaço para compartilhar a "promoção" com outras pessoas da sua lista de contatos. Assim, a própria pessoa espalha o golpe.
Todo esse processo direciona os colecionadores para dois caminhos: 1) fornecimento de dados cadastrais ou dados bancários para os criminosos; 2) redirecionamento para que a pessoa baixe um aplicativo ou software que na verdade é malicioso, escanea informações e abre a possibilidade de outros golpes serem aplicados na mesma vítima no futuro.
Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET, empresa que trabalha justamente com detecção de ameaças virtuais, explica ao UOL Esporte que época de Copa do Mundo pede atenção nas redes sociais: "A quantidade de golpes aumenta consideravelmente em eventos de grande notoriedade, como a Copa do Mundo e Rock in Rio. Outros tipos de evento também propiciam essa mudança de comportamento dos criminosos, como Natal, Dia das Crianças, Black Friday. Por quererem aproveitar oportunidades, as pessoas acabam tendo comportamentos inseguros."
Barbosa ainda aponta quatro caminhos para evitar os tais "comportamentos inseguros": desconfiar de promoções muito chamativas; validar todas as informações recebidas em fontes oficiais, mesmo que tenham sido passadas por uma pessoa conhecida; não preencher dados cadastrais em sites desconhecidos; e possuir uma solução de proteção instalada em celulares e computadores, como antivírus.
A Panini diz estar atenta às tentativas de golpe que envolvem seu nome, com a orientação básica de que as pessoas comprem os produtos nos pontos habilitados oficialmente para vender figurinhas e o álbum. Em grandes plataformas de compra, como Mercado Livre ou Shopee, a recomendação é para que o cliente não saia da plataforma para continuar a conversa no WhatsApp ou ligação, pois desse modo se perde o controle da compra.
Nestas plataformas, também se empilham o número de reclamações de clientes sobre produtos comprados e não entregues ou entregues com um número menor de pacotinhos de figurinhas do que o anunciado. Daniel Barbosa menciona três pontos que indicam a probabilidade de determinada abordagem ser ou não golpe. Veja:
- Ofertas boas demais para serem verdade: "quando algo é oferecido gratuitamente ou quando há um desconto muito significativo no valor do produto costuma se tratar de um golpe. Caso se depare com estes cenários redobre a atenção".
- Recebimento passivo de procedimentos: "os criminosos incentivam as vítimas a propagarem sua campanha maliciosa. Caso receba quaisquer procedimentos sem que os tenha solicitado ativamente, desconfie, mesmo que os tenha recebido de um amigo ou familiar próximo. Essa característica de propagação é muito comum em golpes via aplicativos de troca de mensagens e e-mails".
- Falta de clareza: "outro ponto comum é a falta de clareza sobre o recebimento do suposto prêmio ou desconto e, devido a essa falta de transparência, os criminosos inserem quantas etapas quiserem durante o processo, fazendo com que a vítima passe por diversas propagandas, preencha diversos cadastros ou seja direcionada a baixar arquivos de fontes duvidosas. Promoções realizadas por empresas sérias têm passos claros definidos e são veiculadas em suas mídias oficiais".
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