Após queda, São Paulo tira lições para ganhar a Sul-Americana; entenda
Passada a ressaca da queda na Copa do Brasil, o São Paulo tem agora duas semanas para se preparar para o jogo mais importante do ano: a final da Copa Sul-Americana contra o Independiente Del Valle, no dia 1º de outubro, em Córdoba, na Argentina.
Para voltar a conquistar um título internacional após 10 anos (na última vez, em 2012, ganhou a própria Sul-Americana ainda com Rogério Ceni como goleiro), o São Paulo tem pouco tempo para aprender com os erros e tirar lições da eliminação para o Flamengo.
Até a decisão, terá apenas duas chances — contra Ceará, provavelmente com time misto, no domingo (18), e depois ante o Avaí, também pelo Brasileirão. No duelo contra o Flamengo, o Tricolor teve até bons momentos e chegou a dominar o Rubro-Negro no jogo de ida no Morumbi, mas abusou dos erros e acabou superado por 4 a 1 no agregado, placar amargo para os são-paulinos quando se olha os números do confronto.
Quais lições, então, tirar da eliminação para não repetir os mesmos erros e sair da Argentina campeão?
Ser mais efetivo
Um dos pecados capitais do São Paulo no duelo com o Flamengo foi a falta de efetividade nas finalizações. Principalmente no primeiro jogo, no Morumbi, quando parou na trave e desperdiçou boas oportunidades, o time não conseguiu reverter os momentos de superioridade em bolas na rede. Como quem não faz, toma, acabou sofrendo 3 a 1 em casa e a vaga na final ficou distante.
A dificuldade de concluir as chances criadas tem sido uma tônica da equipe. Mesmo no jogo de volta da semifinal da Sul-Americana, quando fez 2 a 0 no Morumbi e eliminou o Atlético-GO nos pênaltis, o time de Ceni perdeu oportunidades. No mais, passou em branco ante Santos e Fortaleza e marcou uma vez nos empates contra Cuiabá e Corinthians, no Brasileirão. Para enfrentar o Del Valle, um time que joga, mas também deixa jogar, precisa ajustar a pontaria e ser mais efetivo.
"Tivemos algumas finalizações que nós poderíamos fazer de maneira melhor. Acho que talvez tem de escolher às vezes um pouquinho mais cedo ou um toque a mais para ter uma melhor condição, um melhor ângulo de finalização, para gente ter mais sucesso nas nossas finalizações", alertou Ceni.
Definir o time
Na maior parte da temporada, o São Paulo jogou com três zagueiros. No primeiro jogo contra o Flamengo, sem poder contar com Miranda, que estava suspenso, variou de esquema e se defendeu com linha de quatro. Mas qual a melhor forma de encarar o Del Valle, que também costuma atuar com três defensores?
O São Paulo vai usar os jogos no Brasileirão para formar o time ideal para a decisão? Dá para jogar a final com Patrick, Luciano e Calleri, que deixa o time mais criativo mas também mais exposto? Ou vai voltar a jogar com três zagueiros, a exemplo do rival equatoriano? São dúvidas que angustiam os são-paulinos — e que Ceni precisa responder a duas semanas da decisão.
"Não vai dar para fazer uma preparação mais calma e tranquila estudando o Del Valle. Vamos ter de usar os dias entre Avaí e Del Vale para tentar preparar um time com as características (necessárias). A partir de agora quero olhar um pouco mais o Del Valle, porque nós não tivemos tempo", disse.
Se defender melhor
Em final única, sair atrás do placar pode significar um amargo vice-campeonato. No primeiro jogo contra o Flamengo, por exemplo, o São Paulo tomou um gol muito cedo, com apenas 11 minutos, o que tem sido uma marca nos últimos duelos. O mesmo já acontecera contra o Atlético-GO, nas quartas da Copa do Brasil, e contra o Corinthians, no clássico no último fim de semana. E sempre antes dos 15 minutos de jogo.
Contra o bom time do Del Valle, que explora bastante as laterais e tem como meia de criação Júnior Sornoza, com passagens por Corinthians e Fluminense, se defender bem será fundamental para sair campeão. Na opinião de Menon, colunista do UOL Esporte, o São Paulo vem mostrando muita fragilidade defensiva.
"É um padrão. Seja com três ou dois zagueiros, o São Paulo é sempre um time frágil defensivamente. Precisa mudar para o jogo contra o Del Valle ou a Recopa do ano que vem corre o risco de não ter dois brasileiros", analisou.
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