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27 passes e dez corintianos tocando na bola: dissecamos o gol de Giuliano

Do UOL, em São Paulo

16/09/2022 04h00

A vitória do Corinthians por 3 a 0 sobre o Fluminense, em jogo ocorrido ontem na Neo Química Arena que garantiu vaga aos paulistas na final da Copa do Brasil, ficou marcada por um momento digno de "tiki-taka".

Entre os 44 e 45 minutos do 2° tempo, a equipe comandada por Vitor Pereira, ao recuperar a bola com Balbuena ainda no campo de defesa, iniciou uma sequência de 27 passes até a bola chegar a Giuliano.

Dentro da área, o camisa 11 deslocou o goleiro Fábio e balançou as redes pela 2ª vez para os mandantes, liquidando de vez a fatura no placar agregado.

O lance começou precisamente aos 44min08s, quando Balbuena aproveitou um erro de passe do Fluminense e, de primeira, acionou Adson pela direita.

Deste momento em diante, o Corinthians ficou cerca de 80 segundos com a bola até balançar as redes do adversário, enlouquecendo os torcedores — e irritando o técnico Fernando Diniz, ironicamente entusiasta da posse.

Um detalhe curioso é que todos os dez homens de linha do time paulista tocaram na bola: desde Vital, que foi acionado apenas uma vez, até o próprio Adson, que participou em sete dos 27 passes, incluindo o da assistência para Giuliano.

A jogada, que começa na direita após o toque de Balbuena, percorre quase todos os setores do campo e volta para a defesa mais de uma vez. Além dos passes em questão, os torcedores ainda viram Du Queiroz dar uma caneta durante o lance.

A bola passou pelos seguintes jogadores: Balbuena; Adson; Fagner; Du Queiroz; Adson; Fagner; Adson; Yuri Alberto; Adson; Yuri Alberto; Du Queiroz; Fausto; Fábio Santos; Giuliano; Fábio Santos; Mateus Vital; Fábio Santos; Gil; Fagner; Adson; Fagner; Du Queiroz; Gil; Du Queiroz; Adson; Yuri Alberto; Adson e Giuliano.

Assista ao gol:

"Sempre gostei"

O estilo do gol, que tem relação justamente com o que prega Diniz em suas equipes, tem "dedo" do técnico do Corinthians.

Na entrevista coletiva que sucedeu o jogo, VP deixou claro: não quer seus adversários confortáveis em campo. Como o adversário era o Flu, ter a bola se mostrou fundamental.

"É um jogo que sempre gostei: agressivo do ponto de vista defensivo e ofensivo. É um jogo que não dá ao adversário aquilo que ele quer. Eu não gosto de colocar o adversário confortável no seu jogo. Só nos últimos jogos conseguimos isso", disse o português.

O treinador creditou ao tempo o fato de o Corinthians estar atuando em uma intensidade que ele considera satisfatória.

"Eu acredito que [a melhora] veio com o tempo e com a possibilidade de estabilizar uma equipe... eu mudo os jogadores quando acho que preciso, porque eles estão desgastados. Quando temos tempo, é outra coisa. Quando os machucados voltam, o nível de jogo se eleva. [...] Eles têm uma forma de jogar que, se você não entender, terá muitos problemas", finalizou.

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