Mineirão azul: machucados, cruzeirenses enchem estádio e renascem com time
Foram anos difíceis para o cruzeirense, que desde maio de 2019 passou por muita coisa ruim: viu um time que era cotado como favorito na Copa Libertadores terminar a temporada rebaixado após uma série de escândalos.
As notícias ruins eram quase que diárias: falta de dinheiro, perda de pontos por dívida e até o temor real de o clube fechar as portas. As duas temporadas de fracasso na Série B do Brasileiro foram apenas reflexo do furacão que arrasou o Cruzeiro Esporte Clube.
Mas a torcida esteve sempre junto, jamais abandonou o Cruzeiro. Numa época marcada pela pandemia causada pelo novo coronavírus, o cruzeirense não teve como ajudar dentro do estádio em 2020 e em boa parte de 2021.
Antes mesmo de Ronaldo comprar 90% da SAF, os cruzeirenses lotaram o Mineirão nas rodadas finais da Série B de 2021, diante do Brusque e do Náutico, quando o Cruzeiro já não tinha nenhuma chance de acesso.
Era o recado de uma torcida que estava junto do clube, para resgatar o time. A motivação para 2022 já era grande após uma temporada marcada pela luta contra a queda à Série C e ficou maior com a chegada de Ronaldo. Uma nova gestão no futebol, uma equipe modesta, mas que representa a torcida dentro de campo. As vitórias e o Mineirão lotado quase todos os jogos, registrando a maior média de público na história da Série B, com mais de 38 mil torcedores por partida, marcaram a conquista.
E agora?
A mesma política de pés nos chãos, de contratar jogadores dentro do orçamento e privilegiar uma maneira de jogar futebol ao invés de nomes de impacto, será mantida. A projeção para a próxima Série A é não lutar contra o rebaixamento, por isso a gestão de Ronaldo já estabeleceu como meta o 13º lugar no Brasileirão do ano que vem. Uma posição segura e que ainda pode garantir um lugar na edição 2024 da Copa Sul-Americana.
O técnico Paulo Pezzolano já deu letra: "Acredito que brigaríamos para não rebaixar, sinceramente", disse o treinador, ao ser perguntado em qual situação estaria o Cruzeiro de 2022 se jogasse a Série A. Por isso, o grupo vencedor desta temporada vai sofrer muitas modificações.
Dono de um das galerias de troféus mais impressionantes do futebol brasileiro, o Cruzeiro ainda vai levar algum tempo para competir pelas grandes taças. Por mais que o tamanho do clube e a história de conquistas façam o torcedor sonhar com os títulos já em 2023, a empolgação fica limitada às arquibancadas. O trabalho de reconstrução está só no começo e ainda vai levar alguns anos.
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