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Interino do Santos elogia Felipão e diz que Luan é jogador de 'alto nível'

Do UOL, em São Paulo

28/09/2022 00h25

O Santos voltou a vencer no Brasileirão após quatro rodadas. O triunfo por 2 a 0 contra o Athletico-PR, na noite de ontem (27), na Vila Belmiro, fez Luan desencantar e o interino Orlando Ribeiro somar os primeiros três pontos no comando do Peixe.

Após a vitória, Orlando vibrou pelo resultado e elogiou o camisa 20 do Peixe. Além disso, ele afirmou que era uma honra competir com Luiz Felipe Scolari, experiente técnico do Athletico.

"É o nosso Felipão. Porque a gente sempre torce pelo Felipão. Hoje eu tive o prazer de conhecê-lo. O prazer não foi pela vitória, foi por estar próximo dele. É uma honra. A vitória é do Santos, o Santos está de parabéns", abriu o interino.

Em seguida, ele elogiou Luan. Sem Soteldo, com a seleção venezuelana, o meia ganhou uma oportunidade e abriu o placar na partida válida pela 28ª rodada. Ele voltou a marcar depois de mais de um ano de jejum.

"O Luan tem muita qualidade, experiência em times grandes, em competições. Hoje [o gol] foi importante pelo momento que estávamos. Precisávamos da vitória e o Luan contribuiu bastante. Ele foi muito bem", avaliou Orlando Ribeiro.

"O dia a dia do Luan é muito tranquilo. Não tivemos uma conversa especial, particular. A gente só pediu algumas situações para ele, alguns comportamentos dentro de campo, e ele comprou. É um jogador experiente, de alto nível, então ficou muito fácil. E o resultado foi muito bom", acrescentou.

Com Orlando Ribeiro no comando, o Peixe volta a campo pelo Brasileirão no próximo sábado (1º). O Alvinegro enfrenta o Inter, no Beira-Rio, às 15h.

Veja os outros temas da entrevista de Orlando

Continuidade no cargo

A gente tem que trabalhar dia a dia. A minha missão é dar treino amanhã, depois, e vamos trabalhando aos poucos. A gente deixa mais para frente isso [sobre continuidade].

Primeira vitória

Muito feliz. Acho que você já falou tudo. No segundo gol, a gente comemorou porque tinha uma dificuldade na partida. Nós sabíamos que a equipe do Athletico é perigosa, finalista da Libertadores. No final, conseguir o gol fez a gente extravasar. Eu me sinto muito feliz no Santos. Eu sou um ex-atleta profissional. Minha primeira partida profissional foi aqui na Vila, pelo Ituano. Tenho muitos amigos santistas, fico feliz de estar aqui dirigindo o Santos.

Ângelo

Teve uma boa participação hoje. Ajudou na marcação, na transição ofensiva. Estamos falando de um garoto, que às vezes precisa de uns ajustes. E ele está aberto a isso, ouve a gente, os jogadores mais experientes.

Como ele é muito novo, e os atacantes muito novos geralmente têm dificuldade para ajudar na marcação, então tentei ajudá-lo para não virar um lateral [voltando muito para marcar]. Ele entendeu bem, foi bem orientado pelos jogadores mais experientes e tenho certeza de que vai melhorar ainda mais.

Ausência de Madson

O Madson também treinou hoje [terça-feira] pela manhã. É um atleta que a gente tem um carinho grande, nos ajuda em todos os treinos, em todas as situações. Nós entendemos que ele não estava muito bem tecnicamente. Pra esse momento, uma chance para o Nathan era o que precisávamos. Ele vinha se destacando nos treinos. O Auro também está crescendo. Não vai faltar oportunidade para o Madson. Treinou hoje [terça], vai treinar amanhã [quarta] e tenho certeza que vai se recuperar. Já provou que pode ser titular no Santos.

Bruno Oliveira

O Bruno é um bom atleta, como pessoa também. Tem qualidades, mas entendemos que para esse jogo as características dele não iam somar muito. Precisávamos de mais briga, jogo corpo a corpo. Então optamos no banco pelo Ed Carlos, pelo [Lucas] Braga, pelo [Jhojan] Julio, que é mais velocidade. Hoje não se encaixava, no nosso entender, no jogo que precisávamos fazer. Mas é um atleta do Santos, está treinando, a gente não descarta.

Mudanças no time

A situação que a gente se encontrava, com quatro jogos sem vitória, a ideia era se organizar para fazer o gol o quanto antes e, depois, controlar o jogo. Com o Palmeiras foi essa a ideia, com uma marcação forte e transição ofensiva. Não deu certo. Hoje a gente precisava atacar mais. Pelo que vi, acho que faltou a gente controlar um pouco mais o jogo com a posse de bola.

Ed Carlos

Já o conheço há anos. Sei do que ele é capaz, do que ele pode fazer. E com pouco tempo de treinamentos para conhecer todos, facilita quem você já conhece. Ele está treinando bem, com certeza vai ter oportunidades, não sei quando. Temos que ter um pouco de calma e analisar bem em qual momento a gente dá oportunidade. Mas é um atleta diferenciado.

Comportamento no dia a dia

Eu gosto muito do futebol simples. Eu coloco para eles que o futebol é simples, mas é difícil. Por que é difícil? Porque as pessoas acham que precisa fazer muita coisa. Eu foco mais na marcação e deixo eles resolverem no talento com a bola. Mas eu ainda não mostrei que sou muito chato, exigente e perfeccionista às vezes. Tem hora que nem eu me aguento. Mas é para o bem de todos. Eles aos poucos vão acreditando no que a gente está falando, entendendo, e aí a gente começa a ficar mais chato (risos).

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