Como morte de líder da Mancha acirrou rivalidade com organizada do Cruzeiro
Torcidas organizadas de Palmeiras e Cruzeiro protagonizaram uma briga generalizada na manhã de hoje (28). Membros da Mancha Verde e da Máfia Azul entraram em confronto no interior de Minas Gerais, quando ônibus com torcedores se encontraram na rodovia Fernão Dias.
Após o conflito, alguns questionamentos surgiram sobre o motivo da rivalidade entre as organizadas dos dois clubes e qual seria o motivo de palmeirenses e cruzeirenses brigarem no meio da estrada. O UOL Esporte explica.
Até a década de 1980 não havia um conflito entre as torcidas dos clubes. No entanto, em 1988, a situação mudou por completo depois que Cléo, um dos fundadores da Mancha Verde, foi assassinado.
Cleofas Sóstenes Dantas da Silva foi baleado com dois tiros ao lado do antigo Parque Antártica. Com isso, na partida seguinte ao assassinato — contra o Cruzeiro —, os integrantes da torcida organizaram algumas homenagens para o ex-companheiro.
Quem foi ao estádio naquela ocasião viu uma queima de fogos de mais de três minutos assim que a bola rolou. O placar eletrônico mostrava a frase "Cléo e Palmeiras, unidos eternamente". Mas a festa foi interrompida por cânticos da Máfia Azul, que insultavam Cléo.
Os relatos de quem estava presente diz que os cruzeirenses cantaram "Cléo morreu, a Mancha se fu***". A provocação desencadeou uma briga no setor destinado à torcida visitante. Em seguida, palmeirenses que estavam em outras partes da arquibancada correram para ajudar.
Após o episódio, as torcidas passaram a rivalizar tanto dentro dos estádios como fora deles. Além disso, a situação também abriu portas para que a Mancha Verde se aliasse à Galoucura, principal torcida organizada do Atlético-MG, rival da Máfia Azul, que por sua vez é aliada da Independente, do São Paulo.
A história é contada em "Sobre meninos e porcos", a terceira temporada do podcast "UOL Esporte Histórias", que narra a fundação e os primeiros anos da Mancha Verde.
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