Neymar apoia Bolsonaro, mas terá que ir de Paris a Santos se quiser votar
O atacante Neymar postou hoje (29) um vídeo nas redes sociais no qual declara apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República. Mas como está em Paris, o jogador terá que vir ao Brasil se quiser transformar a dancinha em voto. É que Neymar não transferiu o título de eleitor desde que foi para a Europa. O local de votação do jogador é em Santos, como consta no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, "os eleitores que votam no Brasil não podem votar em trânsito no exterior". Na agenda de Neymar, há um jogo do Paris Saint-Germain no sábado, a partir das 16h (de Brasília). As eleições serão no domingo, das 8h às 17h (de Brasília). Em média, uma viagem de Paris a São Paulo dura 12h, em um voo comercial.
Olhando para a seleção brasileira que estava convocada por Tite para a data Fifa deste mês, Neymar compõe um bloco majoritário de jogadores que não estão com título de eleitor alocados na cidade ou país que moram/jogam ou até mesmo tiveram título cancelado. Como mostrou o UOL Esporte, dos 26 convocados por Tite, só cinco têm um cenário no qual o local de votação está perto de casa, com situação eleitoral regularizada.
Marquinhos, companheiro de Neymar no PSG, é um dos que têm um voto relativamente viável para domingo, já que o local é Paris. Rodrygo e Vini Jr, por exemplo, levaram o título para Madri, na Espanha. O time espanhol joga no domingo, às 16h (de Brasília), contra o Osasuna, no Santiago Bernabéu. Pedro e Éverton Ribeiro, ambos do Flamengo, votam no Rio e completam a lista de votos mais "viáveis".
Se hoje a manifestação de apoio a Bolsonaro foi mais direta, Neymar ontem soltou um vídeo no qual agradeceu ao presidente pela visita ao Instituto Neymar, em Praia Grande (SP), em um discurso mais neutro. Não havia uma manifestação tão explícita na campanha atual de Bolsonaro. O cenário mudou.
Não há uma orientação oficial da CBF aos jogadores sobre política, mas os próprios atletas tinham uma espécie de pacto silencioso para evitar possíveis divergências na reta final de preparação para o Mundial do Qatar. "A gente opta por não falar desses assuntos para não ter opiniões diferentes", disse o atacante Raphinha, ao UOL.
Tite, por exemplo, já manifestou que não visitará Brasília caso a seleção seja campeã mundial, o que desobedeceria a uma tradição dos cinco títulos conquistados pelo Brasil, em 1958, 62, 70, 94 e 2002. O técnico considera o atual contexto político dividido e não quer o uso político da seleção ou o desgaste da imagem do time para uma parcela da população.
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