RMP critica final única entre São Paulo e Del Valle: 'vai ser um mico'

O São Paulo decide no sábado o título da Copa Sul-Americana diante do Independiente Del Calle no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, com a expectativa de um público bem menor do que os 55 mil que cabem no local. Para Renato Mauricio Prado, a ideia de final única adotada pela Conmebol não faz sentido na América do Sul.

No UOL News Esporte, ao lado de Domitila Becker e Vitor Guedes, o colunista do UOL afirma que a final da Sul-Americana deve ser uma decepção em relação ao público devido a uma fórmula que privilegia a TV mas esquece do custo para que os torcedores se desloquem pelo continente.

"É o fim do mundo, é uma daquelas coisas que a Conmebol copia para copiar apenas da liga europeia e fica esta bagunça, muito melhor a velha fórmula dos dois jogos, um jogo na casa de um, um jogo na casa do outro, você tem pelo menos a chance de o campeão fazer a festa diante da sua torcida se jogar o segundo jogo em casa ou no máximo próximo também porque é no próprio país", afirma.

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"Essa final entre São Paulo e Independiente Del Valle em termos de público vai ser um mico, vai estar vazio, anticlímax total. 'Ah dá mais dinheiro porque a gente vende mais para a televisão'. Me desculpe, isso aí é o fim do mundo, é o fim do esporte, a priorização de uma suposta fórmula mais rentável que eu tenho até dúvida se é de fato mais rentável com prejuízo esportivo gigantesco", completa.

Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:

Vitor Guedes sobre briga de organizadas: 'Não tem nada a ver com futebol'

As torcidas organizadas Mancha Verde, do Palmeiras, e Máfia Azul, do Cruzeiro, brigaram ontem na rodovia Fernão Dias, em um confronto que deixou feridos dos dois lados e um cenário de guerra paralisando uma via importante que liga Minas Gerais e São Paulo. Vitor Guedes cita o podcast UOL Esporte Histórias, com o episódio Sobre Meninos e Porcos, para explicar a relação entre as torcidas e diz que não tem sentido e nem ligação com o futebol o que os torcedores fizeram.

"Isso não tem nada a ver com futebol, não tem nada a ver com não ter duas torcidas no Allianz Parque, no Morumbi ou na Neo Química Arena, porque eles se matam na Fernão Dias, um time em cada divisão, em jogos que não têm absolutamente nada a ver com nada. Agora você imagina se para um carro ali, algum palmeirense ou cruzeirense, o cara apanha sem saber o porquê. É inacreditável, mas não é imprevisível".

Vitor Guedes: Ao Palmeiras pode dar a faixa e o troféu

O Palmeiras venceu o Atlético-MG no Mineirão e aumentou a vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro, chegando a 9 pontos, com o Fluminense como novo vice-líder, já que o Internacional empatou com o Red Bull Bragantino. Para Vitor Guedes, o campeonato já acabou e pode dar a taça ao time de Abel Ferreira.

"Está parecendo o Francesão da Massa, que o Paris Saint-Germain tem 300 pontos e cada vez tem um vice-líder novo, a gente fica discutindo, é o Corinthians, depois o Flamengo, o Fluminense, o Inter, depois o Fluminense de novo. O campeonato acabou faz tempo, o Palmeiras quando joga bem, ganha, quando joga mal, ganha, quando joga mais ou menos, ganha, desfalcado ganha. Ao Palmeiras pode dar a faixa, o troféu e comemorar, é campeão brasileiro".

Renato Mauricio Prado: Preocupa jogadores importantes do Flamengo falharem

O Flamengo já estava distante da briga pelo título brasileiro e só aumentou a distância para o líder Palmeiras ao perder para o Fortaleza por 3 a 2 no Castelão. Mas para Renato Mauricio Prado, pior do que o resultado foram as falhas de jogadores que devem ser titulares nas decisões da Libertadores e da Copa do Brasil.

"O que não gostei é que eu vi falharem alguns dos titulares mais importantes. O drama é você ver o Rodinei e estava mais roliço do que o Ronaldo na Copa de 2006, como é que pode um jogador que passa 10 dias sem jogar, supostamente treinando, e engorda? Léo Pereira voltou a ser aquele velho entregador daquela firma famosa de entregas, Irmãos Pereira, era ele e o Andreas, Irmãos Pereira, entregavam tudo. O Santos virou batedor de roupa, máquina de bater roupa, é inacreditável, terceiro jogo seguido que ele bate roupa e sai gol do adversário".

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