O São Paulo decide amanhã, às 17h, o título da Copa Sul-Americana contra o Independiente Del Valle, no estádio Mauro Alberto Kempes, em Córdoba, naquele que pode ser o primeiro título de Rogério Ceni como treinador do clube onde é ídolo, além de encerrar uma seca de 10 anos em relação a conquistas internacionais do clube que ostenta três Libertadores e três mundiais. Arnaldo Ribeiro ressalta o peso que tem a decisão também em relação ao futuro tricolor.
No Posse de Bola, ao lado de Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira, Arnaldo analisa como o peso dado por Ceni e os jogadores ao torneio sul-americano ajudou a melhorar o time como um todo e destaca que a taça pode ter um reflexo muito positivo, enquanto uma derrota depois de toda a obsessão pelo título poderia ser avassaladora.
"Quando o Rogério começou a adotar esse discurso lá contra o Atlético-GO, antes mesmo de se classificar naquela partida da volta, da partida mais importante da década, a necessidade da vitória para a continuidade dele, que ele e o time entrassem numa pilha irreversível e o que se viu de lá para cá foi que com o novo time, com nervos no lugar, o São Paulo foi melhorando. Rogério colocou o time titular para atuar nas últimas partidas do Brasileiro e foi bem sobretudo por conta da cabeça no lugar, sem entrar com esse tijolo dos dez anos de fila que o Rogério frisa", afirma.
"É uma situação em que além da possibilidade de ganhar uma taça na temporada, muda o ano seguinte, essa é a principal questão. Muda completamente o ano seguinte embora esse objetivo de disputar a Libertadores, pelo que está acontecendo nas últimas rodadas do Brasileiro possa até vir via Brasileiro. Mas o impacto da derrota numa final de Sul-Americana, por tudo o que se cercou, talvez seja avassalador se o São Paulo não vencer, por tudo o que se colocou, a ponto de comprometer os últimos jogos do Campeonato Brasileiro que virão", completa.
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Arnaldo: Palmeiras do Brasileiro é parecido ao São Paulo do Muricy
O Palmeiras abriu nove pontos na liderança do Brasileirão ao vencer o Atlético-MG no Mineirão em uma rodada que teve o tropeço do Inter, deixando agora o Fluminense como principal perseguidor. Para Arnaldo Ribeiro, o título palmeirense é questão de tempo e a marca do time dirigido por Abel Ferreira é a da eficiência, lembrando o São Paulo tricampeão com Muricy Ramalho em 2006, 2007 e 2008.
"Eu vejo esse Palmeiras muito parecido em diversos quesitos com o São Paulo do Muricy. É um visitante praticamente imbatível, tem uma defesa praticamente intransponível, não depende de nenhum jogador, tem momentos em que um jogador brilha mais que o outro, isso vai se alterando. Quando ele vira o alvo, tem a melhor bola parada do país para se virar, assim como era o São Paulo do Muricy. Digamos que o Gustavo Scarpa hoje seja uma espécie do que foi o Jorge Wagner do São Paulo, ele tira coelhos da cartola".
Mauro Cezar: Palmeiras e Flamengo inverteram os papéis no Brasileiro
No começo do Campeonato Brasileiro os três apontados como favoritos eram Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras. Hoje, o clube paulista lidera com folga e está perto do título, enquanto o carioca ficou distante e trabalha pelas finais da Libertadores e a Copa do Brasil, com o Galo sem chances de qualquer título na temporada. Mauro Cezar credita esta situação ao calendário, lembrando a temporada anterior e apontando os papéis invertidos entre rubro-negros e alviverdes.
"Aqui no Brasil tem uma uma farra de vagas para a Libertadores e no momento em que percebem que o Brasileiro vai ficando inviável, os times largam o campeonato. O que o Palmeiras fez no ano passado? Exatamente o que o Flamengo está fazendo agora, só se preocupou em disputar a Libertadores. Lembra a história do plano do técnico? 'Tenho um plano'. Era só isso o que se falava, o Brasileiro não importava mais. O Flamengo está fazendo a mesma coisa. É uma pena, mas é o que acontece. Não estou aqui a tirar mérito de ninguém, o Palmeiras está vivendo esse ano exatamente o inverso daquilo que viveu ano passado".
Arnaldo e Mauro Cezar discutem se o VAR acertou contra o Palmeiras
Mesmo vencendo o Atlético-MG no Mineirão por 1 a 0, o Palmeiras terminou a partida com muitas críticas à arbitragem comandada por Marcelo de Lima Henrique, que não marcou um pênalti reclamado em Atuesta e anulou um gol de Breno Lopes, alegando falta no lateral Mariano. Arnaldo Ribeiro cita a mudança na comissão da CBF, com Wilson Seneme como menos intervencionista e prefere desta forma. Já Mauro Cezar Pereira considera injustificável a anulação do gol palmeirense.
"Essa comissão de arbitragem que entrou é menos VAR do que a outra. Muito provavelmente todo mundo que ficar esperando a intervenção do VAR a todo momento não vai ter porque a orientação é não usar o VAR, o VAR só em situação extrema. O pênalti contestado pelo Palmeiras no Atuesta, o árbitro do campo não achou falta e acabou ali. Acho melhor assim do que a gente tentar buscar pelo em ovo que a gente buscava".
"O gol anulado do Palmeiras é ridículo, ali o VAR tinha que entrar em ação porque não tem falta e não tem nada, é um caso de um erro indiscutível, o Mariano cai sozinho, o Navarro não faz rigorosamente nada. Era um caso em que o VAR tinha que entrar em ação porque me parece um erro muito crasso".
Mauro Cezar: Gabigol é a boa notícia para o Flamengo, é ele quem decide
O Flamengo voltou a ser derrotado no Brasileirão na partida contra o Fortaleza, no Castelão, tomando a virada para 3 a 2 depois de estar à frente no placar em uma noite de falhas defensivas. Mas Mauro Cezar considera que o torcedor rubro-negro teve uma boa notícia com a forma como se apresentou Gabigol em campo, inclusive como capitão do time de Dorival Júnior.
"Em uma hora decisiva, o homem que tem que estar na ponta dos cascos, jogando bem, chama-se Gabriel Barbosa. Não é o Pedro, não é o Arrascaeta, não é ninguém, quem decide para esse Flamengo campeão desde 2019 é o Gabigol. É um jogador fundamental e tem que estar bem nessa hora, essa é a boa notícia para o Flamengo, me pareceu até mais equilibrado, sem reclamar, mais na dele. Se for preciso deixar ele com a braçadeira de capitão para ficar mais calminho, põe duas, uma de cada lado", conclui.
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