Confirmado em preliminar, Cruzeiro feminino recebe mais atenção após SAF
No jogo que poderá valer o título da Série B para o Cruzeiro, diante do Ituano, na quarta-feira (5), às 21h30, no Mineirão, o time feminino celeste também participará da festa apresentando em campo o seu futebol para uma grande fatia da torcida celeste.
As Cabulosas disputam o Campeonato Mineiro e vão jogar diante do Araguari, pela terceira rodada da competição, antes da partida do masculino no Gigante da Pampulha. A equipe feminina entrará em campo às 17h30 e os portões serão abertos uma hora antes. Elas ocupam o 2º lugar na fase de classificação do Estadual, com quatro pontos.
Atualmente, o time feminino do Cruzeiro manda seus jogos na Toca da Raposa II. Ao pedir a mudança de local, o pensamento da diretoria celeste foi de tentar passar para a equipe feminina um pouco da sinergia que a torcida tem com o masculino. Por ser um jogo de possível festa, o clube entendeu que seria a hora de tentar aproximar a modalidade dos torcedores.
Desde que chegou ao Cruzeiro, Ronaldo Nazário, por meio da SAF, fez mudanças na gestão da modalidade. Na visão do Fenômeno e de sua equipe, não deve haver distinção entre futebol feminino ou masculino. Em maio, o clube anunciou a contratação de Kin Saito como nova diretora sendo essa uma das primeiras ações.
O primeiro patrocínio captado pela SAF para o clube, diferentemente do que se imaginava, foi para o futebol feminino. Antes da chegada de Ronaldo, as atletas treinavam no complexo da Puc-MG e uma mudança na cultura começou a ser implantada. Atualmente, elas utilizam 100% das instalações da Toca I, além de revisões de contratos.
"A principal missão no início foi de resgatar o sentimento de pertencimento das atletas ao clube. Com isso, começaram as medidas de integração na Toca I em um cenário de campo, refeitório e atendimento do departamento de saúde e performance tratado com equidade. Houve revisão de contratos para que elas sejam reconhecidas, mas também cobradas, consequentemente, como atletas profissionais", disse Kin Saito ao UOL Esporte em maio.
Em 2021, em meio à grave crise financeira que o Cruzeiro enfrentou, as jogadoras, assim como havia feito o time masculino, publicaram uma carta aberta cobrando salários atrasado em outubro. Além dos vencimentos, as atletas criticaram abertamente a gestão anterior em relação à modalidade.
"Confessamos que não é de hoje que percebemos a indiferença e a falta de interesse por parte da diretoria do Cruzeiro em serem ativos no que diz respeito à modalidade feminina de futebol. Por esse motivo, após a repercussão e visibilidade que tomou a greve anunciada pelos atletas do profissional masculino, estamos aqui para pedir voz e alcançarmos também os nossos direitos como atletas profissionais e colaboradoras da instituição", disse o trecho à época.
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