Brasileiros lamentam tragédia na Indonésia e tranquilizam: 'Estamos bem'

Uma invasão de campo na após a partida entre Arema e Persebaya, ontem (01), no Estádio Kanjuruhan, na Indonésia, terminou com mais de 100 mortos e centenas de pessoas feridas e hospitalizadas. As duas equipes contam com quatro brasileiros em seus elencos.

Do lado do Arema, o goleiro Maringá foi o titular da equipe na derrota em casa por 3 a 2. Já Léo Lelis, Silvio Junior e Higor Vidal também começaram a partida, mas na equipe visitante — os dois primeiros marcaram gols no confronto.

Após toda a confusão, a falta de informação sobre integridade física dos jogadores e integrantes dos times gerou preocupação. Dessa forma, Léo e a esposa de Higor, Victoria, usaram suas redes sociais para lamentar o que aconteceu e tranquilizar a todos.

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"Com as trágicas notícias após nosso jogo contra o Arema de ontem, venho através deste expressar minhas condolências e sentimentos às famílias dos torcedores e policiais que faleceram. Informo também que nossa delegação do Persebaya foi muito bem protegida e ontem mesmo chegamos em segurança à Surabaya. Que situações como essa não acontecem nunca mais e que o estádio de futebol seja casa de alegria e amor ao esporte", escreveu Léo em seu Instagram.

"Ontem tivemos um jogo super importante que terminou com a vitória heroica do Persebaya (fazia 23 anos que o time não ganhava lá). A rivalidade entre os dois times é extrema. Então, os jogadores chegaram a ir para a cidade em um carro totalmente blindado (tipo um tanque mesmo). (...) Foi uma das maiores tragédias do mundo do futebol. O Higor está bem, os jogadores também. Foi difícil deixar o estádio e a cidade, mas chegaram em segurança em casa. Uma grande vitória que se tornou em um triste dia por todas essas vidas perdidas. Nenhum jogo de futebol vale uma vida. Que Deus console todas as famílias", publicou Victoria.

Em entrevista para o 'Esporte Espetacular', da TV Globo, Maringá e Silvio Junior comentaram como foi passar por toda essa situação e as horas de terror que tiveram.

"A gente ficou mais de cinco horas preso no vestiário. Nessas cinco ou seis horas, mais ou menos, foi um desespero. A gente não sabia de nada do que se passava lá fora, só escutava gritos e barulho de bomba, gás", declarou o goleiro do Arema.

Já Silvio mencionou que não viu algo como o que aconteceu ontem nem na guerra que presenciou entre Azerbaijão e Armênia. "Nós ficamos ali umas duas horas esperando e vendo aquela cena. Era surreal. Eu passei pelo Azerbaijão, na época da guerra com a Armênia, e eu não vi as coisas que eu vi ali".

Por conta desta tragédia, os demais jogos da Liga 1 (Campeonato Indonésio) programados para esta semana foram adiados, e a Federação Indonésia anunciou que o Arema FC perdeu o mando dos jogos pelo restante da temporada.