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Equatorianos exaltam conjunto e dizem que São Paulo sentiu o primeiro gol

Jogadores do Independiente del Valle comemoram gol sobre o São Paulo na final da Copa Sul-Americana - Marcelo Endelli/Getty Images
Jogadores do Independiente del Valle comemoram gol sobre o São Paulo na final da Copa Sul-Americana Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Thiago Braga

DO UOL, em Córdoba (ARG)

02/10/2022 04h00

O Independiente del Valle, do Equador, ganhou a Copa Sul-Americana neste sábado por 2 a 0 sobre o São Paulo após uma atuação onde praticamente não sofreu sustos. Embora o Tricolor tenha tido algumas boas chances, a equipe equatoriana soube controlar o jogo do início ao fim.

Para o zagueiro Segovia, o primeiro gol do Del Valle foi um baque para o time paulista. "Eu cumprimentei os jogadores do São Paulo [pela partida]. O que os golpeou foi o primeiro gol. O segundo os destruiu. Depois disso, veio a ansiedade, muito nervosismo, por isso mesmo tiveram dois jogadores expulsos. Fizeram um bom papel, mereceram estar na final, mas não relaxamos e conseguimos vencer", analisou o defensor do Del Valle.

Os primeiros minutos da partida mostraram um Del Valle tocando a bola e com muita liberdade na intermediária tricolor. Isso resultou no primeiro gol da equipe equatoriana, que abriu o placar logo aos 13 minutos do primeiro tempo.

Na etapa final, apesar da tentativa do São Paulo fazer uma blitz no reinício da partida, o Del Valle não se intimidou. Seguiu trocando passes atrás, e passou a explorar o contra-ataque.

Segundo o volante Gaibor, o Tricolor pecou pela falta de ideias na decisão da Sul-Americana. "O jogo do São Paulo não fluiu. Nós estamos trabalhando há muito tempo juntos. Isso faz a nossa equipe jogar 'de memória'. Nos preparamos muito bem para este jogo e, nas poucas chances que tivemos, fomos contundentes e isso foi a chave do triunfo", explicou.

Além disso, o jogador que entrou no segundo tempo citou o companheirismo do grupo. "O segredo é a solidariedade do grupo. Temos um bom processo, os que jogam, os que não jogam, tratamos de estar sempre junto uns aos outros, creio que essa é a chave", ressaltou.

O discurso de todos que fazem parte da equipe equatoriana está claro e encontrou respaldo com a entrevista do treinador do time, Martín Anselmi. Para ele, o conjunto é a chave para o sucesso do time.

"Nos propusemos jogar em equipe, buscar ser protagonista, ter posse de bola. E se não dava, saímos para fazer pressão. E para isso dar certo, é preciso ser coletivo. A chave para a vitória é ser uma equipe", pontuou.

Além disso, Anseli teceu elogios aos seus jogadores, e enalteceu a capacidade do time em conseguir se adaptar às diferentes situações dentro da mesma partida, o que faz com que os jogadores tenham sempre apoio para superar as dificuldades em campo.

"Somos uma equipe inteligente. E ser assim é saber jogar com toques curtos para atrair o rival, ela faz, quando tem de fazer, uma marcação homem a homem, se precisar aproveitar os espaços, quando tem de marcar por zona, também sabe fazer. Isso é ser uma equipe inteligente. Somos um 'equipazo'. Se o rival sai para nos marcar, o espaço está atrás e sabemos sair tocando para ir quebrando as linhas", finalizou.

De ressaca pela perda do título, o São Paulo agora precisa recuperar o ânimo para engrenar no Brasileirão e tentar conquistar uma vaga na Libertadores de 2023. O time volta a campo na próxima quinta-feira (6), quando vai até Belo Horizonte enfrentar o América-MG. Com 37 pontos, o Tricolor ocupa a 13ª posição na tabela.

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