Jairzinho diz quem pode ser o 'cara da Copa' e exalta quarteto da seleção
Classificação e Jogos
Em 1970, Pelé chegou à Copa do Mundo do México como a grande estrela do Brasil. O Rei tinha 29 anos e foi eleito o melhor jogador do torneio, mas foi outro brasileiro, Jairzinho, que ganhou o apelido de "Furacão da Copa". Questionado pelo UOL Esporte sobre quem pode ser o "cara" da Copa do Qatar, que começa no fim de novembro, ele lembrou da sua história para falar em Vini Jr., o atacante do Real Madrid.
"O Vini Jr. pode explodir. Geralmente o 'cara' da Copa vem de uma ascensão anterior. O Neymar já é uma expectativa positiva, sabemos como ele joga e o que ele pode dar ou não. Dele, não dá para ficar esperando uma revolução. Ele vai ser uma peça para que os outros possam fazer esse papel de surpresa dentro da engrenagem", disse. "Então ele pode ser o cara da Copa como qualquer outro do ataque pode ser, até o próprio Pedro, ou o Vini Jr., que já mencionei", prosseguiu.
Segundo ele, é como no Tri de 70. "Em 70, quem era o cara da Copa do Mundo? Aí você responde: 'Pelé'. Então pronto, mas quem foi o cara da Copa? Jairzinho, com sete gols marcados em seis partidas. A expectativa está toda voltada para o Neymar, mas de repente pode ser outro. Foi o que aconteceu em 70 com o Pelé".
Quarteto mágico?
O "Furacão" também falou sobre o quarteto ofensivo do Brasil, formado por Neymar, Richarlison, Vini Jr e Raphinha. E exaltou o "entrosamento" dos atletas. "Estou contente, são jogadores de alto nível e um está dando assistência ao outro. Eles já conhecem as características um do outro e isso facilita. A expectativa é que eles possam justamente ter o entrosamento necessário para poder alcançar o objetivo de ganhar os jogos e vir jogar a decisão da Copa do Mundo", disse Jairzinho.
Racismo: "pura inveja"
Na entrevista, o ex-atacante abordou os últimos casos de racismo ocorridos no futebol — como bananas jogadas dentro de campo, fato ocorrido com o atacante Richarlison no último jogo do Brasil.
Ele, que revelou não ter sofrido ofensas do tipo em sua carreira, considerou atos do tipo como "pura inveja".
"Eu, graças a Deus, não passei por um episódio tão triste e vergonhoso igual a esse, são pessoas totalmente desqualificadas, é pura inveja. Tem que descobrir quem jogou aquela banana. Descobriram a pessoa? Falo por mim, não pelos outros: se acontecesse, não ia me afetar, porque o meu objetivo estava sendo alcançado", finalizou.
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