Diniz admite falhas do Flu e se irrita com pergunta: 'Olhar mais fácil'
Em coletiva após a derrota do Fluminense para o Atlético-GO, de virada, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Fernando Diniz admitiu que o time sofreu com as jogadas de bolas aéreas durante o duelo no Antônio Accioly. Diante disso, questionado se não seria uma partida para o zagueiro David Braz ser utilizado, o treinador fez críticas às formas como algumas análises são feitas e afirmou que, muitas vezes, no futebol brasileiro, "fica naquela de crucificar alguém, ou um jogador e, de repente, o treinador. Não perdeu por isso".
O Tricolor chegou a abrir uma vantagem de 2 a 0 no placar, mas sofreu um gol no fim do primeiro tempo e viu os donos da casa construírem a virada na etapa final. O primeiro gol do Dragão foi de pênalti, marcado em lance que a bola bateu na mão de Nino após cruzamento. E o gol de empate também aconteceu após bola alçada para a área.
"Por que você está comentando que a bola área do Atlético-GO é mais forte? Você viu eles fazendo muitos gols de bola aérea ou está analisando pelo que aconteceu no jogo? Depois que aconteceu é fácil. Era mais justo citar o Atlético-MG, a bola área, tem jogadores com mais volume de ataque, falta perto da área tem bons batedores, jogadores altos... Depois que acontece o jogo, a sua análise fica muito fácil. Já falei que é um dos problemas que a gente tem: analisar depois que acontece o jogo. O Atlético-GO, ao contrário, estava tomando gols de bolas áreas. Na Copa do Brasil, eles perderam a vaga na Neo Química por conta de bola área. Não estava sendo um ponto forte nos jogos passados, não foi isso. O futebol não é pegar uma coisa... Isso é algo que estraga as análises. A gente quer justificar a derrota pelo olhar mais fácil", disse.
"Não tomamos o gol... Então, se o David Braz estivesse lá, não tomaríamos gol? O que tem a ver o David Braz com as chances que eles tiveram? Ali tem marcação individual, marcação zona, bola fica pererecando. A bola ia mirar o David Braz e o David Braz ia tirar todas as bolas? Por exemplo, contra o Athletico-PR jogou o David Braz, e perdemos o jogo por causa de um gol de bola parada. Não foi por conta disso. A gente fica naquela de crucificar alguém, ou um jogador e, de repente, o treinador. Não perdeu por isso", completou.
Ainda durante a resposta, Fernando Diniz indicou que as falhas aconteceram por uma "conjunto de coisas" e não por ter optado por um ou outro jogador na escalação titular.
"Posso falar que podemos ganhar o jogo, Felipe Melo tem uma saída boa para caramba, saiu quase todas as bolas no primeiro e criamos inúmeras oportunidades. Se a gente continuasse saindo e marcando como marcou, nem chance de ter bola parada eles iam ter no segundo tempo. É um conjunto de coisas. Não dá para pegar uma coisa complexa, fazer algo simples e jogar para fora, para a torcida, para justificar o resultado do jogo. Não foi isso que aconteceu na minha opinião. Sofremos na bola parada, mas não porque um jogador jogou e outro não jogou", apontou.
Momentos antes, o treinador havia sido questionado se falou maturidade ao time para manter o placar positivo. Ele afirmou ser "difícil falar em maturidade", mas admitiu que a bola área foi um fator negativo no jogo contra o Atlético-GO, e que o sistema defensivo do Fluminense não se comportou como em jogos anteriores.
Para o técnico, faltou a equipe "perceber o que o jogo estava pedindo" no segundo tempo:
"Difícil falar em maturidade, futebol é muito complexo. O que a gente fez hoje muito mal, que estava sendo há muito tempo um dos carros-chefes do time, era marcação de bola parada. Taticamente, isso foi muito decisivo no jogo de hoje. Disputamos com times muito fortes na bola parada, como Palmeiras e Atlético-MG, e não estávamos sofrendo absolutamente nada, e hoje sofremos os gols, e em outras ocasiões em que eles podiam ter marcado. Estava encostando a cabeça na bola toda hora, o que é muito incomum no nosso time neste campeonato. Difícil falar que faltou maturidade. No segundo tempo, se o campo estivesse do lado onde eu estava, provavelmente teríamos tido um pouco mais de... Seria mais fácil para orientar porque não estávamos conseguindo sair mais, tinha de fazer o jogo mais convencional. Faltou perceber o que o jogo estava pedindo naquele momento do segundo tempo".
Veja outras respostas
Impacto da derrota
Não temos de pensar no impacto que vai ter. Temos de pensar no próximo jogo e tentar vencer. Temos mais oito jogos. O time, o primeiro tempo e até os 10 do segundo tempo, jogou muito bem. Primeiro tempo, principalmente. Jogar aqui é difícil, fez uma partida taticamente quase que perfeita, marcando muito alto, com o tempo, provocando erros e criando chances de gol. O lance mesmo que saiu o gol, a origem, a bola... Já tinha retomado a marcação, bola no pé no Cano, bobeamos ali, surge o escanteio e o primeiro gol. Se vira 2 a 0, provavelmente, a história do jogo seria outra. Agora, é pensar para frente no sentido que tem de pontuar. Não tem muito o que projetar o que precisa, o impacto da derrota. Tem de ter o impacto no sentido de melhorar ainda mais e vencer os nossos jogos
Arias saiu com dores. Preocupa?
Acho que não (preocupa). Ele estava se queixando, deixei ele mais um pouco. Mas não é uma coisa que sentiu, não foi uma dor incapacitante dele seguir no jogo. Tiramos mais para preservar, assim como o Calegari sentiu câimbras. O Cris Silva também sentiu desconforto. A maioria das mudanças foi porque os jogadores solicitaram as saídas.
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