MPRJ libera torcidas organizadas por 60 dias, enquanto novo TAC é debatido
Representantes das torcidas, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) tiveram nova reunião hoje (5) e deram mais um passo para a anistia das organizadas. No encontro ficou definido que haverá uma suspensão das punições pelo prazo de 60 dias, enquanto as partes debatem o novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Esse movimento acontecerá após as organizadas apresentarem a documentação apontada no Projeto de Lei ao Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) e uma petição ao juiz responsável pelo afastamento, com o aval do MP. Há a possibilidade de que as faixas e camisas sejam liberadas para as partidas do próximo fim de semana.
Inicialmente, planeja-se que a nova proposta de TAC seja enviada hoje à noite ou amanhã, com base nas diretrizes do Projeto de Lei, o que, segundo o UOL Esporte apurou, dá mais confiança de que será sancionada. O alinhamento com o MP é uma das condições para o PL que prevê o retorno das organizadas aos eventos esportivos possa ser concluído. No último mês, o projeto, de autoria dos deputados das deputadas Zeidan (PT) e Martha Rocha (PDT) e dos parlamentares Luiz Paulo (PSD) e Carlos Minc (PSB), foi aprovado na Alerj.
"Estamos otimistas. Estamos trabalhando com todos para que não haja hipótese de brigas judiciais, com o TAC e a lei apontando para a mesma direção. Vamos prevenir, educar e trabalhar em cima das pessoas físicas, com o apoio dos clubes e das organizadas. Estamos contentes, é uma vitória parcial relevante", indicou Minc.
Inicialmente, uma nova reunião entre as partes pode acontecer na próxima semana, e não está descartada a chance de a discussão ganhar ares finais.
Esteve presente na reunião desta tarde Marcel Macedo, advogado do Vasco, que concordou com o que foi colocado à mesa, e em breve os clubes devem ter um encontro com o MPRJ para abordar o tema.
"O Vasco está fazendo um trabalho pioneiro. Realizamos diversas reuniões para conscientizar os torcedores. Mesmo com o rebaixamento em 2020 e com a continuação na Série B em 2021, não foi registrado nenhum caso de violência. As torcidas abraçaram de forma positiva o projeto e, inclusive, proibimos os cânticos LGBTfóbicos e levamos bandeiras do movimento, que consideramos uma importante luta da sociedade civil, para dentro dos estádios", apontou, ao site da Alerj.
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