O técnico Rogério Ceni não garantiu a permanência no São Paulo para 2023 depois de perder o título da Copa Sul-Americana para o Independiente Del Valle e a forma como agiu o ídolo tricolor incomodou Walter Casagrande Jr, colunista do UOL, que ressalta a importância de ele não se colocar acima do clube, apesar da história que tem vestindo a camisa e a ligação com os torcedores.
No Dois Toques, ao lado de Milly Lacombe, Casagrande afirma que Rogério Ceni ainda está começando na carreira como treinador e a forma como deixou em dúvida a sua permanência pareceu que ele se colocou acima da instituição.
"Eu vi muitos debates e algumas pessoas falando que ele está certo, o Rogério se quiser sair, se estiver pensando no futuro dele e não quiser seguir no São Paulo porque talvez não veja futuro no São Paulo, o time talvez não seja do jeito que ele quer no ano que vem, ele pode sair pensando no futuro dele. O que é isso? Quem está falando isso? O Rogério é maior que o São Paulo? O São Paulo é que tem que pensar se o Rogério serve para o ano que vem ou não, não é o Rogério que tem que se colocar se o São Paulo serve para ele ou não", diz Casagrande.
"O Rogério como treinador de futebol foi muito bem no Fortaleza, ótimo trabalho, no Flamengo conseguiu ser campeão, mas nem reconhecimento ele tem da torcida e nem da imprensa carioca. No São Paulo são dois trabalhos, o primeiro muito ruim, esse chegou em finais e semifinais, mas não conseguiu ganhar, então ele ainda está engatinhando como treinador de time com peso de camisa do tamanho do São Paulo. Quando encurrala o São Paulo e diz 'vou pensar se vou ficar ou não', ele se coloca como mais importante", completa.
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:
Milly: Abel Ferreira merece estátua no Palmeiras, mas não sabe ganhar
Outro técnico que teve uma semana com polêmica foi Abel Ferreira, do Palmeiras, que em uma entrevista coletiva deu uma resposta atravessada a um jornalista em uma pergunta com elogio ao seu time. O treinador se retratou com o profissional de imprensa, mas Milly Lacombe afirma que o português multicampeão pelo clube alviverde precisa aprender a ganhar.
"O Abel tinha acabado de ganhar, uma vitória que está colocando ele muito perto do único título que ele não tem. Enorme, grandioso, é para mim o maior treinador da história do Palmeiras, se eu fosse palmeirense, estaria aqui atrás de mim agora um monte de pôsteres do Abel, ele é grandioso, gigantesco, tem que ter uma estátua para ele lá no Palmeiras, mas ele não sabe ganhar".
Casagrande: Caso Robinho não pode cair no esquecimento
Condenado a 9 anos de prisão em última instância por estupro na Itália, Robinho teve seu pedido de extradição entregue pelas autoridades italianas nesta semana. O ex-jogador segue no Brasil, que não extradita seus cidadãos, mas Casagrande ressalta que é preciso não deixar que o caso caia no esquecimento, cobrando a Justiça brasileira para que ele cumpra pena no país.
"Não pode ser extraditado, mas ele pode sim cumprir pena aqui no Brasil e agora o nosso dever é cobrar a Justiça brasileira para que ele cumpra a pena aqui. É uma vergonha para o país, para todos nós, um desrespeito às mulheres em geral, principalmente aquelas que sofreram estupro ou têm filhas, mãe, parentes ou amigas que sofreram estupro, esse cara passeando e de vez em quando aparecendo de sunguinha na praia abraçado com amigos e dando risada, isso não pode acontecer nessa situação", conclui.
O Dois Toques vai ao ar toda semana, com a análise de esporte e política com Casagrande e Milly Lacombe
Quando: Toda quinta-feira, às 19h
Onde assistir: Ao vivo na home do UOL, no UOL no Youtube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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