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Brasil goleia Noruega em amistoso com dois gols de Bia Zaneratto

Bia Zaneratto marcou duas vezes e foi destaque do amistoso entre Brasil e Noruega. - Divulgação/Thais Magalhães/CBF
Bia Zaneratto marcou duas vezes e foi destaque do amistoso entre Brasil e Noruega. Imagem: Divulgação/Thais Magalhães/CBF

do UOL, em São Paulo (SP)

07/10/2022 15h52

O Brasil venceu a Noruega por 4 a 1 em amistoso no Estádio Ullevaal, em Oslo, capital norueguesa, na tarde de hoje (7). Adriana, Bia Zaneratto (duas vezes) e Jaqueline marcaram para a seleção, enquanto Ildhusöy descontou para as donas da casa. A partida é mais um teste para a Copa do Mundo de 2023 (que terá sede dividida entre Austrália e Nova Zelândia). Assim como o Brasil, a Noruega está entre os 29 países já garantidos no torneio.

A seleção teve desfalque de duas titulares nesse amistoso. Debinha e Rafaelle não viajaram à Europa por conta de lesões e foram cortadas da convocação. Assim, Pia Sundhage mandou a campo: Letícia Izidoro; Antonia, Kathellen, Tainara e Tamires; Ary Borges, Duda Sampaio, Geyse e Adriana; Ludmilla e Bia Zaneratto. Entraram no segundo tempo Tarciane, Gabi Nunes, Jaqueline, Kerolin, Duda e Millene.

A Noruega também sofreu com uma ausência de peso. Ada Hegerberg, eleita melhor jogadora do mundo em 2016, se recupera de lesão e não pôde ser convocada. Hege Riise escalou: Skoglund; Hansen, Mjelde, Leine e Sönstevold; Engen, Maanum, Reiten e Terland; Ildhusöy e Jösendal.

O Brasil tem mais um amistoso marcado para a próxima segunda-feira (10). A seleção viaja a Gênova para encarar a Itália no Estádio Luigi Ferraris. As italianas também estão garantidas na Copa do Mundo de 2023, que terá sorteio dos grupos no dia 22 de outubro.

Pressão brasileira

O Brasil imprimiu um ritmo forte no início de partida. Em 3 minutos de jogo, foram duas finalizações e outras duas entradas na área norueguesa. A principal jogada foi uma arrancada de Geyse, mas a camisa 18 errou o último passe. A goleira Skoglund só precisou trabalhar aos 6, saindo para interceptar cruzamento de Tamires.

Tamires foi um dos nomes mais importantes no sistema tático brasileiro. Com a bola, a jogadora do Corinthians teve liberdade para avançar e atuou como ala. Antônia ficou mais recuada e foi zagueira na construção. No momento defensivo, Tamires recompôs a lateral-esquerda e formou linha de 4 defensoras. Antônia fechou o lado direito.

A pressão na saída de bola diminuiu depois de 10 minutos. A Noruega começou a trocar mais passes, porém não encontrava espaços. A partida foi paralisada aos 13, para atendimento à zagueira Leine, que sentiu lesão na perna e foi substituída por Harviken.

As oportunidades de gol tornaram-se raridade. A marcação brasileira funcionou e não permitiu espaços à Noruega. Letícia Izidoro só precisou aparecer para afastar recuo ruim de Ary Borges.

Brasil cresce e abre o placar

Depois dos 30 minutos, o Brasil voltou a criar chances claras. Bia Zaneratto foi acionada duas vezes, errando o cruzamento na primeira e forçando defesa de Skoglund na segunda. A goleira norueguesa também trabalhou com os pés, afastando bola perigosa de Geyse.

O ímpeto ofensivo resultou em bola na rede aos 42. Após nova jogada de Geyse pelo lado direito, a bola chegou na área para Bia Zaneratto. A atacante ajeitou para Adriana, que limpou a marcação e finalizou rasteiro. Gol que premiou a equipe mais ofensiva durante todo o primeiro tempo.

Começo de segundo tempo frenético

O Brasil voltou do intervalo com uma mudança. Tarciane entrou no lugar de Kathellen. Nem deu tempo de a zagueira tocar na bola antes de sair outro gol da seleção. Após pressão na saída de bola, Bia Zaneratto colocou a bola na rede no primeiro minuto da etapa final.

A Noruega não aceitou se entregar sem luta. As europeias aceleraram as jogadas e criaram perigo logo na sequência. As donas da casa diminuíram o placar aos 4. Ildhusöy finalizou de primeira após cobrança de escanteio.

A resposta brasileira foi imediata e também na bola parada. Confusão na área norueguesa. A bola caiu nos pés da artilheira. Bia Zaneratto limpou a marcação com categoria e finalizou com força. Segundo gol da centroavante no amistoso.

Substituições funcionam e vitória vira goleada

Com a vantagem de 3 a 1, Pia Sundhage aproveitou para promover alterações na seleção brasileira. Gabi Nunes, Jaqueline e Kerolin entraram aos 17 minutos, dando lugar a Geyse, Bia Zaneratto e Ludmilla.

A saída das principais jogadoras do ataque não resultou em queda de ritmo. Pelo contrário. O Brasil encontrou mais espaços e saiu de frente para o gol algumas vezes. Adriana, Tamires e Gabi Nunes levaram perigo.

Substituta de Bia Zaneratto, Jaqueline justificou a entrada. Em jogada com assinatura corintiana, Tamires cruzou e a atacante aproveitou a oportunidade após 10 minutos em campo.

Pia ainda colocou Duda e Millene no jogo, nos lugares de Duda Sampaio e Adriana. Com a vitória brasileira definida, as duas equipes baixaram o ritmo e exigiram pouco das goleiras nos minutos finais