Pedro titular e goleiro: 7 mudanças de Dorival que deram certo no Flamengo
O Flamengo tem as finais da Copa do Brasil e da Libertadores batendo à porta e busca coroar a guinada na temporada que aconteceu após a chegada do técnico Dorival Júnior. A mudança no cenário aconteceu em meio a algumas mudanças que o treinador fez no time, sejam por necessidade ou escolhas da própria comissão.
Dorival desembarcou na Gávea no início de junho, após demissão de Paulo Sousa. Desde então, fez testes e avaliações, e a comissão técnica optou pela estratégia de utilizar dois times: um nas Copas e outro no Campeonato Brasileiro.
O desempenho teve um crescimento e o Rubro-Negro se classificou para as decisões, além de ter alcançado o G4 nos pontos corridos. Mais recentemente, porém, a equipe patinou e viu as chances de título do Nacional se esvaírem.
"Eu colocaria como principal mudança a mobilidade. Ele devolveu aos jogadores a liberdade de movimentação, coisa que não acontecia muito com Paulo Sousa. Era um ataque posicional, então, cada jogador tinha uma região restrita no campo para se mexer. E isso acabou, os jogadores tem total liberdade de movimentação, desde que ocupem os espaços de forma racional, como vem acontecendo, e se mexam de forma coordenada", analisou Rodrigo Coutinho, colunista do UOL Esporte.
Pedro titular
Uma das mudanças, talvez a que esteja mais "na boca do povo", foi o atacante Pedro no time titular. A alteração no setor ofensivo teve uma pitada do acaso e de uma convicção de Dorival.
Contra o Cuiabá, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, Bruno Henrique sofreu grave lesão no joelho direito, que o tirou do restante do ano. O treinador ainda fez alguns testes para suprir a ausência, mas achou o encaixe ideal na goleada com o Tolima, pela Libertadores, seis jogos após o embate com o Coelho.
Na ocasião, promoveu a dupla Gabigol e Pedro, o Rubro-Negro passeou no Maracanã e goleou por 7 a 1, com direito a um gol do camisa 9 e quatro do camisa 21. A partir dali, o ataque ganhou novo formato, que passou a ser adotado no considerado time titular.
Gabigol em nova função
Com esse novo formato, Gabigol também passou a atuar em uma função um pouco diferente, e, em algumas ocasiões, assumiu o papel de garçom, mas sem deixar de balançar a rede. Desde a mudança no comando do time, o camisa 9 fez 12 gols.
"Dois jogadores do nível que nós temos e, de repente, taxaram que não podem jogar juntos? Olha, eu sou muito sincero. São jogadores de altíssimo nível e jogadores de altíssimo nível se entendem. Precisamos que tenham consciência que não vão trabalhar só no ataque, mas também atuar na defesa", disse Dorival.
"A retomada da bola passa muito pela atitude do ataque, a que teve e a que terá. Fazendo isso, você pode encaixar grandes jogadores de qualquer forma. É nisso que eu acredito. A disposição deles é que nos fez acreditar que poderia ser possível. Vim para o Flamengo com isso na cabeça, que era possível os dois jogarem juntos. É uma questão de participação e conscientização de cada um", completou.
Arrascaeta "solto"
Nesta nova fase do time, o camisa 14 passou a ter um posicionamento mais livre em campo, flutuando atrás dos centroavantes e tendo o papel decisivo que havia mostrado em temporadas anteriores.
Com Dorival, Arrascaeta balançou a rede cinco vezes e foi autor de nove assistências.
As mudanças no setor ofensivo também beneficiaram Everton Ribeiro, que elevou o desempenho e até mesmo voltou a ser convocado para a seleção brasileira.
Santos no gol
O começo da caminhada de Dorival no Fla teve Diego Alves — outrora desafeto — no gol. Pouco depois, porém, Santos foi escalado e não mais saiu. Titular com Paulo Sousa, Hugo não teve novas oportunidades sob as traves.
Reforço na atual temporada, Santos, inclusive, chegou ainda com Paulo Sousa, mas uma lesão, à época, atrapalhou para uma sequência maior de jogos.
João Gomes e Thiago Maia
A dupla de volantes do time titular tem sido João Gomes e Thiago Maia. Tal mudança, porém, tem fatores externos. Bastante utilizados por Paulo Sousa, Andreas Pereira e Arão deixaram a Gávea na última janela, assim como o zagueiro Gustavo Henrique.
Por outro lado, apesar da chegada dos chilenos Vidal e Pulgar, o treinador manteve o escopo do time titular. Com Thiago Maia ocupando a linha atrás da bola, o meio conseguiu se encontrar mais e ajudar na evolução do time.
Laterais
Antes terceira opção, Rodinei virou titular com Dorival e viveu uma boa fase, com direito a pedido por renovação de contrato por parte da torcida e apelido de 'avión' dado por Vidal. Filipe Luis também retomou espaço, mas com função diferente, levando experiência ao time, ajudando na marcação e subindo mais "na boa", como é dito popularmente. Essa questão levou equilíbrio ao time.
"Rodinei sempre foi muito bem comigo. Ele me deu uma resposta positiva. Ele é importante e vem em uma crescente evolução. Ele e outros jogadores estavam sendo questionados, pediam uma mudança brusca da equipe, mas com calma e cuidado buscamos a recuperação de cada atleta e com confiança", disse o treinador, após a vitória sobre o Athletico-PR, pela Copa do Brasil.
O lateral direito, porém, teve recente queda no rendimento e vê pedidos por Varela, reforço que chegou na janela de transferência do meio do ano, para as decisões.
Léo Pereira
O zagueiro não teve sequência com Paulo Sousa, mas passou a formar a dupla titular com David Luiz após a chegada de Dorival Júnior. Alvo de críticas anteriormente, o jogador chegou a ser elogiado pela torcida.
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