Atlético-MG e Cruzeiro já pagaram R$ 600 mil por vandalismo no Mineirão
A cada 50 segundos de bola rolando no Mineirão uma cadeira é quebrada por torcedores, seja em jogos do Atlético-MG ou do Cruzeiro. Foi uma dessas cadeiras que atingiu a garota Alicia Danielli Maia Freitas, de apenas 7 anos, que estava no estádio para acompanhar o duelo da Raposa com o Ituano, pela Série B do Brasileiro, na última quarta-feira (5).
Cada lugar danificado gera um custo para o clube mandante, cada objeto do estádio que é danificado durante os jogos gera prejuízo para Atlético e Cruzeiro. Somente em 2022, os dois principais clubes de Minas Gerais tiveram de pagar R$ 631.356,82 em reparos de danos causados por torcedores no Mineirão.
Depois de toda partida realizada no Gigante da Pampulha, um pente fino é feito no estádio por funcionários da Minas Arena. Todos os danos são levantados e os custos da manutenção são repassados ao clube mandante. No caso da cadeira que feriu uma criança de 7 anos, a conta do conserto será do Cruzeiro.
Além das cadeiras, a cada jogo vários outros objetos são danificados, como maçanetas, portas, vidros, peças sanitárias entre outros. No levantamento feito pelo próprio Mineirão, foram danificadas 4,8 mil cadeiras em 45 partidas realizadas até o fim de setembro. Uma média de 106 assentos destruídos a cada ida de Atlético ou Cruzeiro ao estádio, o que significa que, em média, uma cadeira é quebrada a cada 50 segundos de bola rolando.
O valor para consertar uma cadeira é de no máximo R$ 300, e existe uma variação por causa do nível do dano que foi causado. O Mineirão tem uma oficina de reparos, que fica por conta da manutenção dos assentos do estádio e deixa o custo menor para os clubes.
Nesta temporada, o jogo que teve o maior custo com danificações foi Cruzeiro x Fluminense, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O triunfo da equipe tricolor por 3 a 0 eliminou a Raposa do torneio e foi marcado por confusão entre as torcidas. O prejuízo do clube mineiro com reparos foi de R$ 50 mil, de acordo com nota divulgada pelo Mineirão.
"A partida entre Cruzeiro x Fluminense registrou a quebra de 281 cadeiras, sendo 21% no setor visitante e 79% nos demais setores. O prejuízo para o clube mandante foi de cerca de R$ 30 mil. Além das cadeiras, outros atos de vandalismo, como quebras de vidros, fechaduras, vasos e portas, resultaram em cerca de R$ 25 mil de prejuízos, valor que também é arcado pelo mandante", explicou a administração do estádio, em julho.
Nem sempre as cadeiras danificadas são frutos de vandalismo, há também casos de acidentes com quem fica em pé no assento para ter uma visão melhor do gramado. Até por isso, o Mineirão faz campanhas frequentemente nas redes sociais e também a cada partida, no telão do estádio, exibindo uma mensagem antes de a bola rolar e nos intervalos.
O prejuízo superior a R$ 631 mil ainda tem computado os reparos feitos após Atlético x Fluminense e Cruzeiro x Ituano. Além dessas duas partidas já realizadas, o Mineirão ainda vai receber mais seis jogos em 2022, sendo quatro do Galo e dois da Raposa. Por isso, a tendência é que no final da temporada os dois principais clubes de Belo Horizonte gastem juntos mais de R$ 700 mil apenas para consertar o que foi danificado pelos próprios no estádio.
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