O São Paulo ainda não conseguiu espantar a crise que cresceu com a perda do título da Copa Sul-Americana e foi derrotado no Morumbi pelo Botafogo no domingo (9), dias antes de reencontrar o Palmeiras em clássico pelo Brasileirão. Milly Lacombe afirma que o discurso de Rogério Ceni neste momento acaba apenas protegendo o treinador, ressaltando que o elenco que tem nas mãos não é pior que o de times que fazem campanhas superiores.
No UOL News Esporte, ao lado de Danilo Lavieri e Domitila Becker, Milly lembra que o São Paulo foi dos poucos adversários a vencer o Palmeiras na temporada e considera que Ceni já mostrou que pode fazer mais do que tem feito com o elenco atual. A colunista do UOL também critica a forma como o clube é gerido atualmente.
"O Rogério encontrou um discurso que protege ele em todos os sentidos, se ele ganha, ele fez um milagre. Se ele perde, 'gente, não dá'. É um discurso que protege muito ele e não acho que seja um discurso tão verdadeiro assim, porque olha o elenco do Fortaleza, o elenco do São Paulo é pior que o do Fortaleza? Não acho que seja. O elenco do Inter? Não acho que seja. O elenco do São Paulo pode não ser o melhor do mundo, mas dá para fazer alguma coisa. O São Paulo foi o time que esse ano melhor enfrentou o Palmeiras, que é o melhor time do Brasil".
"O São Paulo era o time que melhor administrava tudo, era considerado um exemplo, olhem para o São Paulo e vejam o que é administrar um time. Hoje é o exemplo negativo, deteriorou de um jeito e já já vão começar a falar de SAF, o que para mim é descabido. Tem o poder na mão de cinco, então vamos resolver dando na mão de um. Vamos pensar outras soluções, o São Paulo é enorme, colossal e quem está dizendo isso para a gente não é o time, não é a diretoria, é a torcida".
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:
Danilo Lavieri: Rogério Ceni entende ou não o que está acontecendo?
Para Danilo Lavieri, Rogério Ceni é a melhor figura possível para conhecer o São Paulo e dirigi-lo no momento atual, em meio a tantos problemas que o clube enfrenta, mas ressalta que não faz sentido que o treinador volte a pedir contratações mediante a realidade financeira tricolor.
"Está tudo muito errado no São Paulo e se tem alguém que tem peito e costas o suficiente para segurar é o Rogério Ceni. Agora, o Rogério Ceni chegar em uma coletiva, sabendo de todos os problemas, há um mês o Rogério estava falando que tinha que driblar o fato de alguns jogadores não estarem com os salários em dia, imagem em dia, e pouco depois fala que o São Paulo precisa contratar, que do jeito que está não dá? Fica aquela história, você entende ou não o que está acontecendo com o São Paulo?", questiona.
Danilo Lavieri: Fernando Diniz tem sido refém do próprio sucesso
O Fluminense ofereceu uma renovação de contrato para contar com Fernando Diniz como técnico por mais duas temporadas, isso justamente em um período no qual o treinador vem de três derrotas consecutivas e recebendo críticas de torcedores. Para Danilo Lavieri, o treinador potencializa times e acaba sendo apontado como único culpado quando a realidade bate à porta.
"Ele potencializa os jogadores que se a gente for olhar antes da chegada dele, não estavam nesse patamar que a gente coloca hoje. A mesma coisa no São Paulo, no final o Diniz para mim tem sido refém do próprio sucesso, ele coloca os times no lugar que a gente não espera e quando o time começa a dar queda, ele passa a ser o único culpado, então eu acho que esse é o problema do Diniz e por vários motivos, claro, não é que a queda é normal porque se ele conseguiu chegar naquele patamar, ele poderia ter mantido. Vai ter coisas que ele vai aprender com o passar do tempo".
Milly Lacombe: Neymar trouxe fama de chorão, mas Van Basten exagerou
Ídolo do futebol holandês, Marco Van Basten criticou o brasileiro Neymar depois do empate do Paris Saint-Germain com o Reims, o chamando de chorão, além de dizer que é um 'jogador sujo'. Para Milly Lacombe, a crítica de Van Basten é exagerada e esbarra na xenofobia, embora o camisa 10 da seleção brasileira tenha criado a própria fama.
"Acho que ele está um pouco exagerado, acho que tem as duas coisas, ele criticar a contratação do Antony e aí fazer críticas tão pesadas ao Neymar indica que existe ali um flerte com a xenofobia, talvez um flerte com o racismo. Dá para desconsiderar isso? Não dá. Mas o fato é que o Neymar também trouxe para ele mesmo essa fama de chorão, porque ele jogou uma Copa do Mundo inteira e todo mundo lembra, ele virou meme da Copa do Mundo. Então tem também muito de uma construção que o Neymar chamou para ele", conclui.
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