Foi pênalti para o Corinthians? O que diz a regra sobre mão na bola
O empate em 0 a 0 entre Corinthians e Flamengo na partida de ida da final da Copa do Brasil ontem (12) ficou marcado por um lance polêmico. Na segunda etapa, Mateus Vital cruzou na área e a bola bateu na mão de Léo Pereira, zagueiro do time carioca. O árbitro Bráulio da Silva Machado não marcou a penalidade.
Após a bola sair do gramado, Rodrigo D'Alonso Ferreira, árbitro responsável pelo VAR, analisou o lance e não recomendou a revisão para um possível pênalti. O lance gerou reclamações do lado corintiano. Após a partida, o técnico Vítor Pereira e o presidente Duilio Monteiro Alves criticaram a arbitragem pela não marcação da penalidade.
Diante da repercussão do lance, o UOL Esporte foi atrás do que diz a regra sobre mão na bola - ou bola na mão - estabelecida pela IFAB (International Football Association Board), órgão que regulamenta as leis do futebol mundial.
De acordo com a lei de n° 12 do documento atualizado para esta temporada, um toque de mão na bola é considerado falta se:
- "tocar deliberadamente a bola com a mão/braço, por exemplo movendo a mão/braço na direção da bola";
- "tocar a bola com a mão/braço quando isso cria uma volumetria de forma não natural. Um jogador é considerado como tendo o seu corpo em volumetria de forma não natural quando a posição da sua mão/braço não é consequência ou justificável com a sua movimentação corporal para aquela situação específica. Por ter a sua mão/braço em tal posição, o jogador corre o risco de a sua mão/braço ser atingido pela bola e ser penalizado".
A IFAB exemplificou os movimentos e posições corporais que podem originar uma infração caso a bola venha a tocar na mão ou braço de um jogador.
Apesar explicar as situações que podem ser consideradas infrações em lances que envolvem toque de bola na mão ou braço, o órgão estabelece que "Com a finalidade de determinar com mais clareza as infrações de mão na bola, o limite superior do braço coincide com o ponto inferior da axila. Nem todo o toque da mão/braço de um jogador com a bola é infração".
A decisão de Bráulio da Silva Machado em campo e não recomendação de revisão do lance por Rodrigo D'Alonso tem dividido opiniões entre ex-árbitros. A interpretação do movimento feito por Léo Pereira é um dos pontos de divergências.
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