VAR revolta jogador, técnico e presidente do Corinthians: 'Para que serve?'
Um lance de pênalti não marcado revoltou o Corinthians na noite de ontem (12), na primeira final da Copa do Brasil contra o Flamengo. A bola que bateu no braço de Léo Pereira dentro da área foi o assunto mais comentado nas entrevistas depois do jogo, e jogadores, técnico e até o presidente corintiano deixaram a Neo Química Arena incrédulos.
Róger Guedes não entendeu porque o pênalti não foi marcado, Vítor Pereira reclamou de "dois erros claros", e Duílio Monteiro Alves questionou "para que serve" o VAR se, quando mais precisa, não foi consultado pelo árbitro de campo.
"É um absurdo. O VAR muitas vezes interfere o tempo todo, em vários jogos, até mais do que deveria. Toda hora tem jogo parado para conferir um lance, é para isso que o VAR existe. E acontece isso hoje, em uma final de campeonato. Todo mundo viu que a bola bateu na mão", reclamou o presidente do Corinthians na zona mista, depois do jogo.
"Quero ouvir o áudio [do VAR], mas pelo que a arbitragem já nos passou, o que foi dito pelo VAR é que a bola desvia na barriga. É um absurdo. O braço está aberto, aumenta o espaço do corpo, a bola sobraria para o Giuliano? E tem o VAR! O VAR é para isso, só serve para isso, e em uma final de campeonato ele não chama, o juiz não vai olhar. Infelizmente o Corinthians foi muito prejudicado", completou Duílio.
O presidente foi quem mais deu voz à indignação corintiana com a arbitragem de Bráulio da Silva Machado (Fifa/SC) e do VAR Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC). "Não sei para que serve o VAR. É melhor tirar este negócio. Toda hora para o jogo, e quando tem que usar, não usa", irritou-se.
Foi pênalti ou não foi?
Aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo: Mateus Vital cruzou na área da esquerda, Yuri Alberto deixou passar, e a bola bateu na mão de Léo Pereira. Imediatamente os corintianos pediram pênalti, no campo e nas arquibancadas, em uma reclamação tão grande que Balbuena chutou a bola para fora de propósito para o VAR avaliar o lance. No entanto, após dois minutos, o árbitro mandou o jogo seguir.
Até os ex-árbitros se contradizem. Sálvio Spinola, da TV Globo, e Carlos Eugênio Simon, da ESPN, acham que não houve pênalti por ser um "movimento natural" de Léo Pereira. Por outro lado, Sandro Meira Ricci, do SporTV, vê infração pois o braço em questão "não serve como referência".
A CBF deve divulgar em breve o áudio da conversa entre os árbitros que levou à decisão de mandar o jogo seguir. O Corinthians diz que tomará "todas as providências possíveis" para que situações do tipo não voltem a acontecer, mas lamenta não ter mais volta para o que considera ter sido um erro grave.
Vimos que foi pênalti. O próprio zagueiro deles disse que foi pênalti. Perguntamos para ele [Léo Pereira], rapidinho, se a bola tinha batido na mão. Ele falou que tinha. Então não sabemos o motivo de o árbitro e o VAR não terem visto isso. Não sei se o árbitro teve medo de marcar, não sei qual foi a conversa com o VAR, mas foi pênalti claro."
Róger Guedes, camisa 10 do Corinthians
Queríamos sair daqui com uma vantagem, não foi possível, mas está todo mundo revoltado porque foi muito claro. E eles viram dentro do campo, ainda nem viram na televisão. Quando ver vai piorar, a revolta é maior ainda."
Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians
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