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OPINIÃO

Mauro Cezar: Vitimização apequena mais o Corinthians que a postura do time

Do UOL, em São Paulo

14/10/2022 11h57

O Corinthians empatou em 0 a 0 com o Flamengo no primeiro jogo da final da Copa do Brasil com muita reclamação por parte do técnico Vítor Pereira e da diretoria em relação à arbitragem devido a um pênalti que não foi marcado após toque de mão do zagueiro Léo Pereira dentro da área. Mauro Cezar Pereira critica a atuação do clube paulista e considera que a narrativa de que o time foi prejudicado não procede e oculta as críticas merecidas pela estratégia adotada em campo.

No Posse de Bola, ao lado de Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi e Juca Kfouri, Mauro Cezar diz que esperava mais de Vítor Pereira pelo que ele já mostrou que pode como técnico e discorda completamente de quem considera que houve um pênalti claro não marcado a favor do Corinthians na Neo Química Arena.

"Eu esperava mais do Corinthians especialmente porque tem um técnico que eu considero muito bom técnico e que veio de fora. O que ele montou não seria muito diferente do que vários técnicos brasileiros fariam. Jogar daquela maneira não foi nada especial, eu não vi nenhum coelho sair da cartola, nenhuma carta na manga, nada. As reclamações de pênalti beiram o patético porque acho até admissível que alguém pense que aquilo foi pênalti e defenda essa tese", diz Mauro Cezar.

"É surreal, tentam transformar um lance, com boa vontade, polêmico, em erro crasso e não foi erro crasso, foi no máximo, com muito boa vontade, um lance polêmico. Para mim não tem polêmica nenhuma, independentemente de a bola bater ou não na barriga, ele põe a mão para trás, tira a mão do caminho, ela resvala suavemente. Essa narrativa que está sendo vendida, essa vitimização, para mim ela apequena mais o Corinthians do que a própria postura do time, que para mim foi uma postura que eu aceitaria do América-MG do Mancini".

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Mauro Cezar: Dorival foi bem contra o Corinthians, as críticas são injustas

O empate sem gols no primeiro jogo valendo o título da Copa do Brasil também rendeu descontentamento entre torcedores do Flamengo, que esperavam chegar ao Maracanã com alguma vantagem na partida. Para Mauro Cezar, Dorival Júnior adotou a estratégia correta jogando fora de casa e conseguiu controlar a partida, faltando melhorar na finalização para aproveitar as oportunidades que foram criadas.

"Dorival foi muito bem, acho muito injustas as críticas de alguns torcedores do Flamengo ao técnico, preparou bem o time, segurou o Rodinei, o Corinthians quase não criou situações pelo lado dele (?). Foi muito claro o desequilíbrio entre os dois times. O Flamengo fez um jogo bom, teria sido ótimo se tivesse vencido, também não adianta produzir tantas jogadas de ataque e não aproveitar, parar no goleiro adversário, no travessão, não resolve".

Juca: São Paulo tem que agradecer se perder só de 2 a 0 do Palmeiras

Palmeiras e São Paulo se enfrentam no domingo pelo Brasileirão no Allianz Parque, no reencontro entre os dois times depois do confronto pela Copa do Brasil em que o São Paulo saiu classificado nos pênaltis em meio a muitas reclamações de arbitragem. Para Juca Kfouri, o São Paulo sairá no lucro se perder de pouco para o atual líder do campeonato, que está a três vitórias do título, enquanto do lado tricolor ainda há o abatimento pela perda da Sul-Americana.

"Se o São Paulo sair da casa verde domingo com 2 a 0 contra, erga as mãos para o céu e diga 'puxa vida, legal!'. Porque a possibilidade, mesmo sem o Rony, de o São Paulo levar uma lambada dessas para nunca mais se meter a besta de eliminar o Palmeiras como fez na Copa do Brasil, porque essa é a postura do Rogério, de antemão. Ele já disse que ganhar do Palmeiras 'nem quando a gente eliminou, nós ganhamos'. Eu acho que vai ser um massacre, o Palmeiras descansado, faca entre os dentes, querendo revanche. Para muitos palmeirenses, o São Paulo é o rival mais detestado do que o Corinthians".

Arnaldo Ribeiro: Rogério Ceni deve respostas em campo

O São Paulo viveu uma semana de dúvidas e a confirmação da permanência de Rogério Ceni para a próxima temporada com o início do planejamento, depois de o próprio treinador ter deixado o futuro em aberto. Para Arnaldo Ribeiro, o ídolo são-paulino precisa agora dar uma resposta dentro de campo até pelo impacto que pode ter uma nova derrota para o Palmeiras e o distanciamento na busca por uma vaga na fase preliminar da próxima Libertadores.

"Além de tomar uma sapatada, o risco de uma derrota provocar a eliminação da última chance de ir para a tal pré-Libertadores, o risco de ameaçar esse pacto desta semana de direção com o Rogério Ceni, pacto meio estranho, empurra a batata quente para ele. O que aconteceu foi a diretoria começar o planejamento para 2023 com o Rogério e, se não colocando algumas condições, passando alguns recados para o Rogério sobre mau aproveitamento do elenco, sobre preferências, sobre discursos, sobre questões mais extracampo do que dentro de campo. Eu acho que o Rogério deve respostas, não aquelas da coletiva, que vem tendo, respostas em campo", conclui.

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