Ceni destaca dedicação do São Paulo após empate: 'força para se reerguer'
Rogério Ceni gostou do que viu no empate sem gols do São Paulo contra o Palmeiras fora de casa, hoje (16), pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. O comandante do Tricolor valorizou a dedicação da equipe tanto na partida, por jogar desde o final do primeiro tempo com um a menos pela expulsão de Ferraresi, e também na temporada pela força mesmo após o vice na Sul-Americana.
"Não é fácil reagir, como contra o América-MG, fomos competitivos contra o Botafogo, infelizmente perdemos. Hoje no primeiro tempo tivemos as melhores oportunidades. Nosso time tem muito brio. Tem dedicação na parte tática. Defendemos bem melhor do que nos outros jogos contra o Palmeiras aqui. Nosso time teve capacidade de se defender, também arrumou melhores oportunidades no primeiro tempo. Só posso sentir orgulho dos jogadores. Incomoda a ausência do título, mas os jogadores não deixam de lutar com algumas deficiências e correções que precisamos fazer para os próximos jogos", declarou.
"Desde que fui treinador, será o primeiro ano que passo sem título. O mais difícil é fracassar e ter força para retomar. Com o fracasso da derrota é difícil ter força para se reerguer. Apensar de ter perdido para o Botafogo, não deixamos de lutar. Mas a derrota para o Del Valle pesa", comentou.
O treinador não quis comentar a agressão de Ferraresi, que foi expulso no primeiro tempo. No entanto, elogiou Beraldo, mesmo com a falta resultando em outro cartão vermelho e deixando a equipe com dois a menos já no final do confronto.
"Sobre arbitragem não vai trazer nada positivo falar. O que ele viu, marcou. Não consegui ver o lance em uma tela maior e com a câmera aberta para ver se ele deu a cotovelado. O Beraldo fez o correto, matou a jogada no momento que era preciso. E ficamos 12 minutos, nos acréscimos, com oito jogadores e os caras foram heroicos de sair com esse ponto. No 11 contra 11 parecíamos fazer nosso melhor jogo no Allianz contra o Palmeiras", ponderou.
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"A vaga é importante, o planejamento do clube com ou sem a vaga me parece o mesmo no clube para encarar o ano que vem. A vaga, para mim, quando nós focamos na Sul-Americana era para ter vindo na final. Isso não vai se apagar até o final do ano, teremos dias difíceis. Tentamos trocar, dar oportunidade para todos. Cada um tem sua chance para demonstrar a capacidade. Logicamente que não se resume a um jogo só. Para mim contra muito o treinamento, a dedicação. Todo mundo quer o jogo, tem que ver o quando você está disponível para dar em troca. A gente faz a rotação dentro do que temos no elenco"
Reforços para 2023
Não me parece que vamos ter contratações para o ano que vem. Se houvesse, sempre é importante ter a opinião do treinador, que vê as necessidades. Nem sempre, o clube consegue fazer a contratação desejável. Vamos analisar o mercado e, se aparecer alguma oportunidade. Também aguardar os jogadores que vencem o contrato, quando acabar o campeonato. Alguns têm propostas, outros desejos. É melhor aguardar o final da temporada para ter uma noção exata do que é possível fazer ano que vem
Nunca pedi demissão, nem cheguei a conversar sobre isso ou planejamento. Segunda ou terça tivemos uma reunião com uma explanação geral sobre a situação geral e a realidade do momento. A partir daí, vamos tentar novamente fazer um time competitivo para 2023. Nunca cogitei sair. A princípio, a gente fica, mas o futebol é êmero. Espero que dê tudo certo para ficar aqui, gosto de estar aqui.
Atuação da defesa
Esse time vai estar um pouco diferente para o ano que vem, por razões óbvias. Trabalhamos bastante essa semana e evoluiu defensivamente, principalmente na bola parada. é de se destacar, chegamos quando tínhamos ainda um a menos. Com dois, realmente tentamos nos defender. Importante sair sem sofrer gols onde sempre temos muita dificuldade. Palmeiras fez muitos cruzamentos e nos defendemos bem, tem que se valorizar. Atuações como hoje, sem dúvida, não pelo resultado, temos que valorizar. Muitas vezes analisamos pelo resultado, mas temos que ver o contexto. Não deixamos de competir contra ninguém. Só lamento a final da Sul-Americana, que não conseguimos trazer para o São Paulo. Foi um ano de competitividade, mais do que o ano passado, mas faltou um título.
Desempenho de Luizão
Luizão dificilmente fica. Não renovou até agora e o contrato acaba em janeiro, é uma coisa entre empresário. Na minha época, eu decidia sobre a minha carreira, mas isso mudou hoje. Ninguém me falou nada, mas um jogador perto do fim do contrato e que não renovou deve sair. No primeiro tempo errou alguns passes pelo meio, o que é completamente normal para quem tem 10, 12 jogos no profissional. Em determinado momento, minha dupla dos 3 zagueiros foi a da Copa São Paulo. É algo a se destacar. Acho que 50% da nossa equipe é formada por garotos da base. Acredito que no ano que vem deve ser ainda mais utilizado pelas circunstâncias que o clube vive hoje.
Defesa de pênalti de Felipe Alves
Digo que isso é de cada um. Mérito do Felipe de defender pênalti, a percepção é dele. Uma vez um treinador falou para mim onde o batedor cobrava e isso ficou na minha cabeça. Fui onde ele falou e o cara bateu no outro lado. Não tem nenhum mérito meu ou coisa assim. Minha orientação é na construção de jogo e nas coberturas, onde acho que ele ainda pode melhorar. O Palmeiras joga muito vertical e exige da visão do goleiro.
Avaliação da temporada
Lamento muito quando nós vimos que a Sul-Americana era a grande chance de título, dedicamos toda força à ela. Abrimos mão no Brasileiro em algumas rodadas. Não podíamos abrir mão de jogar as Copas. Tomamos um gol no começo e o lado emocional entrou e pesou muito, em uma final de jogo único. Se eu tivesse que fazer um planejamento, São Paulo chegou na final Paulista, da Sul-Americana, na semi da Copa do brasil. É acima do que a gente esperava. Mas, se tratando da oportunidade que tínhamos, passa a ser um ano sem títulos.
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