Com Benzema premiado como Bola de Ouro e Vinícius Júnior apontado como melhor brasileiro na oitava posição, Neymar não apareceu nem entre os 30 e, no mesmo dia da cerimônia em Paris, estava na Espanha prestando depoimento em caso que apura corrupção privada na transferência que fez do Barcelona ao Santos. Casagrande chama a atenção para a situação e até pelo que se esperava do brasileiro quando foi à Europa.
No Cartão Vermelho, ao lado de José Trajano e Juca Kfouri, o colunista do UOL afirma que preocupa o fato de as pessoas olharem apenas para o que se faz em campo no momento de idolatria a um jogador de futebol.
"Enquanto tinha no dia em que estavam entregando a bola de ouro para o melhor goleiro, melhor jogadora, melhor jovem e o prêmio de um cara que se preocupa com a sociedade dele, o melhor jogador do Brasil, que muita gente idolatra aqui, estava sendo julgado, dando depoimento por acusação de corrupção privada, um jogador que todo mundo achava quando saiu daqui que iria ganhar dez Bolas de Ouro, iria ser o artilheiro diversas vezes, Chuteira de Ouro, o que ele conquistou individualmente? Nada", diz Trajano.
"Depois que saiu do Barcelona ele viu um jogador que faz gols em Campeonato Francês e me preocupa essa idolatria porque as pessoas só olham a bola e não veem o contexto, ele estava estava sendo julgado ontem. Enquanto os jogadores que estavam na festa, estavam com friozinho na barriga esperando para ganhar o prêmio, o Neymar, camisa 10, estava com friozinho na barriga porque ele pode ser condenado", completa.
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:
Casagrande: Diferente de brasileiros na Europa, Mané não perdeu a raiz
Na cerimônia do Bola de Ouro, o que mais emocionou Casagrande foi a entrega do prêmio Sócrates, categoria estreante na edição deste ano, que premia jogadores responsáveis em causas humanitárias, com o senegalês Sadio Mané recebendo o troféu das mãos de Raí, irmão do homenageado. O colunista destaca como diferença do atleta do Bayern de Munique o fato de não abandonar suas raízes.
"Mané é completamente diferente da grande maioria dos jogadores brasileiros hoje que estão na Europa. Provavelmente nasceu em uma família muito pobre, no Senegal, país africano, que tem diversos problemas, que também tem guerra civil, o cara vai para a Europa, ganhou muito dinheiro, está no Bayern de Munique, mas ele não perdeu a raiz dele. Quando não perde a raiz, não perde a identificação com o seu país e a cabeça funciona, ele quer tentar ajudar as criancinhas que ele foi uma que não teve essa ajuda".
Juca Kfouri e José Trajano também se emocionam por Sócrates
A estreia do prêmio Sócrates na Bola de Ouro emocionou não apenas Casagrande, antigo parceiro dentro de campo, mas também Juca Kfouri e José Trajano, que foram amigos pessoais do ex-jogador que morreu em 2011.
"Eu acho que estou ficando velho. Porque confesso que ao ver a cena do Raí com o Mané e o gesto do Raí, a foto do Magrão, eu chorei", diz Juca.
"Nós morremos de saudades dele e toda vez que a gente vê o nosso querido Magrão homenageado e desta forma que foi, nos emociona demais. Por existir esse prêmio, para quem foi entregue, que é um exemplo a ser seguido, e quem entregou o prêmio".
Casagrande: Nos pênaltis o Corinthians vira favorito contra o Flamengo
O Flamengo é apontado com o favoritismo na final da Copa do Brasil diante do Corinthians no Maracanã, contando com o fator casa, o forte elenco e os resultados dos últimos anos, mas para Casagrande a diferença para este jogo não é tão grande e pode ser invertida no caso de a disputa ficar para os pênaltis.
"O Flamengo em quatro anos vai disputar terceira final de Libertadores, foi bicampeão brasileiro, é uma equipe muito mais consistente. O Corinthians tem que reconhecer isso, Se for para os penaltis, o Corinthians é favorito, o time da casa fica pressionado, dá uma queda emocional, sem contar que vão ter que bater pênalti no Cássio. O Corinthians pode ganhar nos 90 minutos, mas o Flamengo é favorito e se for para os penaltis o favoritismo se inverte", afirma.
Casagrande coloca Falcão no top 20 de todos os tempos
Ídolo do Internacional, da Roma e um dos principais jogadores da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982, Paulo Roberto Falcão comemorou 69 anos no último domingo e Casagrande se rendeu a ele, o colocando como um dos maiores da história do futebol mundial.
"Falcão foi um dos melhores jogadores da história do futebol, está lá em cima, bem lá em cima. É um jogador completamente diferente, ele fazia todas as coisas que os outros faziam no meio de campo, poderia jogar com a camisa que quisesse, naquele meio espetacular. Para mim, é um dos 20 melhores jogadores de todos os tempos que eu vi jogar, de 70 para frente eu coloco ele lá em cima", conclui.
O Cartão Vermelho vai ao ar toda semana, com a análise dos destaques do futebol, cultura e política
Quando: Toda terça-feira, às 19h30
Onde assistir: Ao vivo na home do UOL, no UOL no Youtube e Facebook do UOL.
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