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Após confusão, Raniel mira retomar boa fase no Vasco: 'não me abala'

Raniel, do Vasco, em ação no jogo contra o Náutico, válido pela Série B - Thiago Ribeiro/AGIF
Raniel, do Vasco, em ação no jogo contra o Náutico, válido pela Série B Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Gabriela Brino

Do UOL, em Santos (SP)

18/10/2022 04h00

O decisivo jogo contra o Sport se aproximava do fim e, em casa, a equipe pernambucana vencia por 1 a 0 quando o Vasco teve um pênalti marcado a seu favor. Alvo de recentes críticas da torcida, Raniel pegou a bola, bateu e empatou para os cariocas. A comemoração, admite ele, foi um desabafo à torcida do Leão, mas poderia caber também se tivesse sido aos cruz-maltinos.

O gol se tornou um importante passo para o Vasco na luta para conseguir o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro 2023, e pessoalmente para o camisa 9, que viveu altos e baixos e busca a melhor fase nesta reta final de competição.

"Quanto às críticas que eu vinha recebendo, tenho uma mente muita forte. Depois de tudo que eu passei, não é qualquer coisa que me abala. Eu sempre mantenho meu foco, meus pés no chão... E trabalho. Sei que futebol muda muito rápido, às vezes você está lá em cima e, de repente, perde gols e não servir mais. Você podia não servir e passar a servir. Eu mantenho o foco", disse ao UOL Esporte.

Sob o comando de Jorginho, técnico que assumiu o time de São Januário no começo de setembro, Raniel atuou como titular por um período. Contra o Sport, porém, saiu do banco de reservas para acabar se tornando um dos destaques do jogo e estopim da confusão com a torcida pernambucana. Ele não estará à disposição contra Criciúma, sábado (22), uma vez que terá de cumprir suspensão devido à expulsão contra o Leão.

O atacante, após o gol, foi punido por tirar a camisa e, posteriormente, por ter feito uma comemoração que a arbitragem considerou provocativa aos torcedores do time da casa. O ato desencadeou um tumulto que fez o jogo ser interrompido — e encerrado 50 minutos depois. Na súmula, o árbitro Raphael Claus registrou que "por não sentir segurança em relação à minha integridade física e dos demais profissionais envolvidos no jogo, além do ambiente totalmente impossibilitado para a prática do esporte futebol".

Até aqui, o camisa 9 fez 44 partidas e marcou 16 gols, sendo dez nesta edição da Série B. Antes de marcar contra o Sport, ele havia balançado a rede na goleada por 4 a 1 sobre o Náutico, há pouco mais de um mês.

"Quando estou mal não me acho o pior do mundo e, quando estou bem, não sou o melhor do mundo. Tento manter o equilíbrio. Todos nós temos fases e momentos. E sigo tentando ter tranquilidade e dar tranquilidade para o Vasco, porque se perdêssemos seria ainda mais difícil. Sempre que aparece essas oportunidades eu sempre tenho a personalidade de bater pênalti. É isso, as críticas vêm e temos de tirar o melhor delas para fortalecer e melhorar mais", afirmou.

Raniel está no Vasco emprestado pelo Santos, com contrato até o fim do ano, com uma opção de compra que gira em torno de R$ 6 milhões. Caso o atacante permaneça na Colina para a próxima temporada, o Peixe pode abater uma dívida que tem com o Boavista, de Portugal, em negociação que envolveu o lateral Nathan, cria do Cruz-Maltino.

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