Rua do hexa supera política, mas terá de brigar com companhia elétrica
Depois de ter que explicar que a decoração da rua Francisco Bicalho, localizada no bairro Caiçaras em Belo Horizonte, para a Copa do Mundo não tinha absolutamente nada a ver com política, o comerciante Zelino Freitas agora precisa convencer a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que manter as bandeirinhas é seguro.
Na manhã de ontem (20), funcionários da Cemig estiveram na rua para recolher a decoração. Segundo a companhia, é proibido instalar decoração em postes e outros componentes da rede elétrica. A ação gerou debate entre os moradores e os funcionários da empresa, que acabou por não retirar as bandeiras, mas deu um prazo até segunda-feira (24) para que outra solução seja encontrada por Zelino.
"Nós temos a possibilidade de fixar postes de madeira paralelos aos da Cemig, já que os enfeites não podem ser afixados lá. Vamos buscar a melhor alternativa. Hoje (21) tenho uma reunião com a prefeitura para ver se vão autorizar também. Mesmo com o aval, é complicado porque vai encarecer demais a festa e até mesmo inviabilizar pelos custos. Se essa for a única solução, vamos ter de retirar toda a estrutura, infelizmente", contou.
Moradores e comerciantes esperam solução
Com a repercussão do caso — primeiro pela placa de aviso de que a decoração não fazia parte de manifestações políticas — e agora pelo imbróglio com a Cemig, a rua Francisco Bicalho segue cada vez mais movimentada, seja por curiosos, admiradores ou profissionais da imprensa que passaram a circular com frequência no local.
A empresária Ana Paula Silva, 42, é dona de uma confeitaria bem no coração da rua onde os enfeites estão localizados. É a primeira vez que ela presencia o evento, já que o negócio foi montado depois da Copa de 2018. Segundo Ana Paula, a movimentação tem feito bem à confeitaria, já que além de admirar os enfeites, as pessoas aproveitam para consumir no local.
"As pessoas estão animadas, fotografam e isso traz uma outra energia para a rua. Para a gente é excelente porque traz pessoas novas, clientes novos, que acabam conhecendo o estabelecimento. Estamos precisando justamente disso nesse momento pós-pandemia. Tiram uma foto, curtem e ainda levam um docinho", brincou.
Confira a nota da Cemig na íntegra:
"A Cemig esclarece que, por questões de segurança, é proibido instalar objetos e itens de decoração em postes e outros componentes da rede elétrica, incluindo os padrões de energia das residências, devido ao risco de acidentes.
Com a aproximação da Copa do Mundo FIFA 2022, como é de praxe, a companhia vem identificando ornamentações em estruturas que comportam a rede elétrica e iniciou ações de retirada desses materiais, para evitar acidentes que podem causar até fatalidades.
A Cemig orienta que, em vias públicas e praças, os enfeites e ornamentos devem ser instalados longe das redes de energia, não podendo ser afixados em postes e nunca fixados com arames metálicos, pois além dos riscos de acidentes, também dificultam o acesso dos eletricistas da companhia para a manutenção do sistema elétrico.
A Cemig esclarece que não retirou os enfeites em ocasiões anteriores porque não tinha a informação. Neste ano, a empresa ficou sabendo do caso por meio da imprensa e enviou equipe para verificar a situação, orientar os moradores e retirar a situação de risco".
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