Corinthians vive 'muita tristeza' e ainda não superou final, admite VP
O vice-campeonato da Copa do Brasil ainda não saiu da cabeça do Corinthians. Mesmo após a vitória por 1 a 0 no clássico contra o Santos, na noite de hoje (22), o técnico Vítor Pereira não escondeu que o clube ainda sente a tristeza e a frustração do título perdido há três dias.
"Vocês imaginam o estado de espírito da equipe e meu nestes dias. Foram dias de muita tristeza em que dificilmente se consegue recuperar em tão pouco tempo", foram as primeiras palavras de VP na coletiva, na Vila Belmiro. Ele falou sobre os aspectos táticos da vitória e das conversas pela renovação ou não de seu contrato para 2023, mas abriu o coração mesmo quando perguntado sobre a final contra o Flamengo no Maracanã.
"Este título era uma aposta interna muito forte. Não foi uma coisa que passamos muito para fora, mas que decidimos claramente para nossa temporada. Para eles era mais um título, para nós era o nosso título. E perdemos daquela forma", lamentou o treinador corintiano.
"O futebol às vezes nos dá pancadas fortes, e é nestes momentos que vemos quem são os verdadeiros homens, que conseguem se levantar de novo. Só que é um espaço curto de tempo. Por mais que eu tente me concentrar, focar neste jogo [contra o Santos], sinceramente ainda não consegui me desligar do outro. E os jogadores também. Ainda vejo muita tristeza, uma frustração muito grande porque queríamos dar uma alegria aos torcedores", admite Vítor Pereira.
Mesmo abatido, o Corinthians segurou o Santos na Vila e conseguiu vencer com gol de Róger Guedes já perto dos acréscimos do segundo tempo. O time chegou a ter um jogador a menos após expulsão de Yuri Alberto, mas conseguiu reequilibrar as ações quando o clássico ficou 10 contra 10.
"Acabamos por ter uma expulsão, e já não estávamos a fazer um bom jogo. Depois da expulsão decidimos nos organizar de forma diferente: ter três jogadores no meio que trabalham muito, que são de pressionar e recuperar, ocupam os espaços e fizeram um trabalho excepcional [Du Queiroz, Ramiro e Roni]. Baixamos em uma linha de cinco para contrariar um pouco a superioridade numérica do Santos, que tem muitos jogadores perigosos no um contra um, então a marcação tem que estar muito próxima. Depois, na igualdade numérica, deixamos o Róger solto na frente à espera de surgir uma bola, que acabou por surgir", avalia VP.
Para o treinador, "era importante dar uma resposta" depois de quarta-feira (19), e a vitória serviu para isso. "Gostei muito da atitude e do comportamento dos jogadores, do espírito de quem jogou, entrou ou ficou no banco. Este é o espírito do Corinthians, e hoje só foi possível ter os três pontos por causa deste espírito."
Veja outras respostas de VP na coletiva:
Negociação por renovação para 2023
"Quanto à minha permanência, já me sentei com o presidente e estamos a discutir as coisas. Ele é quem vai falar, anunciar, porque ele é o presidente e está à frente do clube, não é o treinador que tem que chegar aqui e dizer que vai continuar ou não. Não há decisão nenhuma. Há um início de conversa. Ele já percebeu o que se passa, há muito tempo. Tenho vontade [de ficar], sinceramente, porque este é um grupo? e o clube, a torcida? Tem muito a ver com uma questão pessoal que tenho que colocar muito bem na vida, porque a vida não é só futebol. Estamos conversando sobre isso."
"A questão familiar é fundamental para mim. Não posso deixar a minha família mal para eu ser feliz. Não posso. Tem que haver uma... Se eu ficar aqui, tenho que sentir que eles estão bem. Não vou me sentir bem se eles não tiverem bem. Não é uma situação simples. Seria uma mudança pesada [da família, de um país para outro]."
Como lida com a pressão
"Não vejo a pressão como aspecto negativo. Tenho necessidade de viver sob a pressão e vim aqui para trabalhar no meu limite. Tenho que ser pressionado. Normalmente escolho os projetos um pouco pelo lado emocional. Às vezes durmo mal, às vezes durmo bem, mas tenho aí minha carreira. Já estive em muitos clubes em que a pressão é muito grande, e se empatasse eu nem saía na rua -como o Porto. Portanto isso para mim não é novidade, preciso desta pressão. Agora, também tenho experiência e sei ouvir quem de fato acrescenta alguma coisa: os comentaristas, jornalistas que acrescentam alguma coisa. Os outros, fui eliminando aos poucos. É assim que a experiência não deixa perder o equilíbrio."
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