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Após 'preço' da sequência, Flu busca retomada e mira grupo da Libertadores

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

24/10/2022 04h00

O Fluminense tenta, nesta reta final de Campeonato Brasileiro, voltar a engrenar para conquistar vaga diretamente na fase de grupos da Libertadores do ano que vem. Com uma vitória nas últimas cinco partidas na competição, o Tricolor tenta afastar essa oscilação neste momento decisivo. Enquanto isso, a diretoria e o treinador demonstram sinergia nas negociações por uma renovação de contrato.

O empate com o Botafogo, ontem (23), após estar perdendo por 2 a 0, se tornou um cenário celebrado dentro do contexto do jogo, mas impediu o retorno do Flu ao G4 neste momento — passaria o Corinthians em número de vitórias.

Um dos momentos mais críticos nesta caminhada, talvez, tenha sido após a derrota para o América-MG, no Maracanã, quando o time das Laranjeiras completou três resultados negativos consecutivos, uma vez que já havia sido derrotado por Atlético-MG e Atlético-GO. No vestiário, o tom subiu e, hoje, Diniz lamenta os pontos deixados pelo caminho — posteriormente, venceu o Avaí.

"Falei que tinha entrado tudo naquele momento e não tínhamos conseguido reagir. Foi uma tristeza grande, resultado que machucou por causa da sequência, o que desencadeou isso... O futebol tem uma normativa de que o jogo contra o Atlético lá perder é normal, e não é. Você tem de perder os jogos que a outra equipe merece ganhar. O América mereceu ganhar aqui. E lá [no Mineirão] se joga no nível que consegue, a gente ganharia do Atlético, que estava em um momento com menos confiança. Não soubemos aproveitar o momento e pagamos o preço depois. Independentemente de ganhar, perder ou empatar, tinha de continuar em um nível de performance para conseguirmos avançar o mais rapidamente possível na competição", disse.

"Não fizemos contra o Atlético, aquele jogo virou emocionalmente também. Tomamos o gol de empate e acabamos perdendo e, aqui contra o América, o time começou muito desligado. Hoje fez grande primeiro tempo, foi perto do melhor Fluminense que sempre tivemos, mas não conseguimos marcar. Os caras tiveram uma chance e fizeram o gol, e aí o jogo muda", completou.

O grupo dos quatro primeiros colocados do Brasileiro tem, até aqui, Palmeiras, Internacional, Flamengo e Corinthians. O técnico faz questão de lembrar que o Fluminense luta diretamente com clubes com folhas salariais bem maiores.

"O Fluminense concorre com times com orçamentos muito maiores. É preciso fazer uma análise em cima da expectativa. O dinheiro no futebol quase sempre faz diferença, é assim no mundo inteiro. A gente perde essa noção e acha que está todo mundo na mesma página, e não está. O Fluminense é gigante, mas hoje tem uma folha de R$ 6 milhões e o Flamengo de R$ 24 milhões, R$ 25 milhões, além dos outros. Então, temos de lutar muito, fazer um trabalho diferente, com muito empenho, para competir. Racionalmente, o Fluminense merece ser enaltecido por sua campanha. Sonhamos com título, estamos há muito tempo na parte de cima", salientou.

Questionado sobre a possibilidade de renovação com o Tricolor, Diniz indicou um caminho positivo.

"Eu tenho um carinho pelo Fluminense, uma conexão diferente com o torcedor. Todo time vive de resultados, mas tirando esse negócio, há uma empatia verdadeira. A gente tem uma tendência e coisas estão andando. Tem eleição ainda. Estou mais focado em terminar na melhor colocação possível do que na renovação, mas temos um entendimento e é um lugar que adoro estar".

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