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OPINIÃO

Mauro Cezar: Uma temeridade o Flamengo usar titulares contra o Santos

Do UOL, em São Paulo

24/10/2022 11h59

O Flamengo joga amanhã (25) contra o Santos pelo Brasileirão no último jogo antes da final da Libertadores, que acontece no sábado, em Guayaquil, contra o Athletico-PR. Ao contrário do time paranaense, que deve ter apenas reservas diante do Palmeiras, a equipe comandada por Dorival Júnior deve ter seus titulares atuando pelo menos 45 minutos no Maracanã, como revela Mauro Cezar Pereira, que considera a estratégia arriscada a quatro dias do maior objetivo do clube.

No Posse de Bola #274, ao lado de Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi e Juca Kfouri, Mauro Cezar afirma que a decisão por utilizar os titulares parte dos jogadores e mostra como o técnico Dorival Júnior é refém do elenco pela situação que encontrou na chegada para substituir Paulo Sousa.

"Nove ou oito titulares deverão estar em campo contra o Santos, eu acho uma temeridade, mas isso mostra também como o técnico do Flamengo trabalha pisando em ovos, ele é meio refém do grupo, tem que ficar administrando o tempo todo. Os jogadores querem atuar e ele não tem condições de chegar ali e falar 'não vai jogar'. O Jesus era diferente, o Jesus fazia o que queria, o Dorival está sempre tendo que equilibrar pratos porque ele encontrou o clube nessa situação".

"É uma questão política e isso reflete a maneira, os equívocos que são cometidos no futebol do Flamengo, porque você contrata um técnico para fazer mudanças, não dá certo, os jogadores ganham uma queda de braço, o time despenca, vai mal, aí cai só na conta do técnico. O outro técnico consegue dessa maneira ir levando, para o ano que vem, ele permanecendo, talvez possa fazer um trabalho com um pouco mais de autonomia. (?) Se o Flamengo perder para o Athletico-PR, isso vai ser tema para muita discussão. Ainda está em tempo de mudar de ideia, mas a ideia inicial é essa que os caras joguem quatro dias antes da final".

Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos comentaristas do UOL:

Arnaldo: Palmeiras não teve uma temporada de Flamengo ou Atlético-MG

O Palmeiras está perto de conquistar o título brasileiro de forma antecipada, o que pode ocorrer já na quarta-feira, caso o time de Abel Ferreira vença a amanhã o Athletico-PR em Curitiba e conte com tropeços do Internacional contra o Ceará e do Corinthians diante do Fluminense. Mas para Arnaldo Ribeiro, não será uma temporada dominada pelo Palmeiras como foi a passada, com o Atlético-MG campeão ou a de 2019, no título do Flamengo.

"É interessante notar que o Palmeiras estável nos últimos anos sob o comando do Abel não tenha dominado tudo em uma temporada, talvez pelos limites de investimento, que mudaram um pouco. E também aí tem a diferença dos ricos, teve a manutenção do trabalho do treinador nos últimos três anos, então o Palmeiras é sólido sim, ele pode ser hegemônico, ou estar na hegemonia enquanto clube, mas não teve uma temporada de Flamengo ou de Atlético-MG".

Arnaldo: São Paulo só deve manter Rafinha e Reinaldo se for à Libertadores

O São Paulo tem indefinições em relação à próxima temporada, incluindo os contratos de jogadores experientes como Rafinha e Reinaldo, que foram bem na vitória diante do Juventude pelo Brasileirão. Para Arnaldo Ribeiro, os vínculos dos dois deve ser renovado apenas em caso de classificação para a fase preliminar da Libertadores, o que o clube ainda busca na reta final.

"Se for só à pré-Libertadores já com decisão no início da próxima temporada, eu entendo que o ano de 2023 começa de uma forma para o São Paulo, inclusive com a necessidade da manutenção de alguns jogadores experientes. Se não for à pré-Libertadores, for só à Sul-Americana, aí o São Paulo deveria partir para uma redução radical e isso inclui o Reinaldo e o Rafinha. Manter o elenco caro que o São Paulo tem, com jogadores acima de 30 anos, só faz sentido se o São Paulo tiver condição ou perspectiva de disputar a Libertadores".

Mauro Cezar: Trabalho do Vítor Pereira está aquém do que eu esperava

Os técnicos Fernando Diniz, Rogério Ceni e Vítor Pereira chegam ao final da temporada sem título no comando do Fluminense, do São Paulo e do Corinthians, o que levou o Posse de Bola a perguntar qual deles merece mais permanecer no cargo para 2023 e quem fez o melhor trabalho. Para Mauro Cezar, todos merecem ficar, mas Diniz é o que conseguiu extrair o melhor em suas condições, enquanto Vítor Pereira decepcionou em alguns aspectos.

"Eu acho que o trabalho do Vítor Pereira está aquém do que eu esperava. Ganhou jogadores, teve muita tolerância, a torcida sempre apoiou, a imprensa entendendo, apoio total e eu não esqueci o Corinthians medroso contra o Flamengo duas vezes em casa, ultra cauteloso contra o Boca em casa, eu achei em alguns momentos comum, eu esperava mais, esperava um time diferente".

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