O Flamengo busca no sábado (29) o tricampeonato da Libertadores em final diante do Athletico-PR, em Guayaquil, mas tem hoje o jogo com o Santos pelo Brasileirão no qual deverá utilizar os jogadores titulares para que eles não fiquem muito tempo sem atuar até a decisão, uma consideração feita pelos próprios atletas. Para Rodrigo Coutinho, o clube arrisca muito ao colocar os titulares em campo e mostra que, diferentemente da gestão financeira, que é bem-sucedida, a de futebol se mostra com problemas.
No UOL News Esporte, ao lado de Danilo Lavieri e Domitila Becker, o colunista do UOL ressalta que desde a saída do técnico Jorge Jesus, o comando do futebol rubro-negro ficou nas mãos dos jogadores, que também votaram pela escalação de reservas nos jogos do Brasileirão, o que não faz sentido para Coutinho.
"A gente tem que separar o Flamengo clube, gestão, o Flamengo rico, do Flamengo do futebol, que é um clube totalmente mal gerido no futebol. Aliás, diria que não é gerido no futebol. O comando do departamento de futebol está na mão dos jogadores desde que o Jorge Jesus saiu e são eles que influencia, nas decisões do dia a dia, inclusive não era a ideia do Dorival Júnior colocar em todos os jogos do Brasileiro o time reserva, isso foi feito a partir de um pedido das lideranças do elenco", afirma.
"Não houve ingerência da diretoria em cima disso, assim como hoje não vai de novo e é um contrassenso porque se a ideia era poupar para as copas e durante várias rodadas do Brasileirão isso aconteceu, por que a quatro dias da final da Libertadores o Flamengo vai entrar com o time titular? Para mim é um grande risco, é você querer brincar com o fogo, brincar com o perigo".
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:
Danilo Lavieri: Palmeiras pode ter calma para vender o Endrick
O Paris Saint-Germain estipulou o valor de 30 milhões de euros (R$ 158,3 milhões na cotação atual) para comprar o atacante Endrick, de 16 anos, que teve seus primeiros minutos como jogador profissional do Palmeiras nas últimas rodadas do Brasileirão. Para Danilo Lavieri, o jogador pode valer mais se tiver mais tempo atuando pelo clube paulista.
"30 milhões de euros é um bom dinheiro, mas o Endrick pode valer mais se confirmar esse início de carreira dele, claro que é muito mais difícil ele repetir nos profissionais o que ele fez na base, mas caso ele repita, 30 milhões vai acabar ficando pouco perto do que ele pode valer. O Palmeiras pode ter calma, não está precisando de dinheiro de qualquer jeito, dá para esperar um pouquinho".
Rodrigo Coutinho: Corinthians precisa saber logo se Vítor Pereira fica
O Corinthians segue no G4 do Brasileirão depois da vitória no clássico diante do Santos e tem assim a sua classificação encaminhada para a fase preliminar da Libertadores, mas tem indefinições em relação a peças importantes do elenco e também ao técnico Vítor Pereira, que ainda não definiu a permanência ou não para a próxima temporada. Para Rodrigo Coutinho, é fundamental o clube definir um prazo para a resposta do treinador.
"O Vítor Pereira é algo que o Corinthians tem que resolver rápido. A gente já está no dia 25 de outubro, é uma temporada que vai acabar muito antes do que as outras porque tem Copa do Mundo e não vai dar muito tempo de planejar isso depois, é pensar no próximo ano a partir de agora. Vítor Pereira fica ou vai? 'Preciso de uma resolução sua até tal dia. Se passar de tal dia, a gente vai atrás de outro treinador'. Tem que ser assim, não dá para ficar esperando até o último momento e aí começa o ano que vem e não planejou nada".
Rodrigo Coutinho: Casemiro deveria ser o capitão da seleção na Copa
A seleção brasileira não terá na Copa do Mundo do Qatar o rodízio de capitães que o técnico Tite promoveu na Rússia em 2018 e a tendência segundo reportagem do UOL é que Daniel Alves e Thiago Silva concorram ao posto de líder do elenco. Para Rodrigo Coutinho, o jogador que deveria ocupar esta função é o volante Casemiro, atualmente no Manchester United.
"Se eu tivesse que escolher um capitão para a seleção, não seria o Daniel Alves e nem o Thiago Silva, meu capitão seria o Casemiro. É o jogador do elenco da seleção brasileira que ao longo da carreira, nos momentos de decisão, se mostrou mais equilibrado, soube liderar de fato, era um líder do Real Madrid, fez gol em final de Champions, jogou para caramba em quase todas as finais de Champions que teve, é muito regular com a camisa da seleção, tem um ponto que é muito importante, o posicionamento em campo".
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