Zé Roberto lamenta que Neymar tenha acordado para a carreira só aos 30 anos
O ex-jogador Zé Roberto chamou a atenção no final de sua carreira pelo cuidado que tinha para manter uma forma física exemplar mesmo com uma idade mais avançada. Hoje, aos 48 anos e aposentado desde o final de 2017, ele continua com um físico muito parecido, ou até melhor, do que quando atuava.
Em entrevista ao jornal francês L'Equipe, o ex-Bayern de Munique, Grêmio e Palmeiras, explicou como a melhora física influencia na carreira de um jogador de futebol, e traçou um paralelo com Neymar, camisa 10 da seleção brasileira e do PSG — que em sua opinião, demorou para entender que precisava melhorar fisicamente para se manter no topo do futebol mundial.
"Ele [Neymar] finalmente entendeu que gerenciar seu físico era mais importante do que gerenciar seu talento. Ele trabalhou, ele se cuida. Ele confiou por muito tempo em seu talento natural. Mas aos 30, isso não é suficiente. Joguei até os 43 anos, mas, a partir dos 30, minha recuperação não foi mais a mesma. Eu tinha que prestar atenção na minha dieta, no meu sono", disse Zé Roberto, elogiando a atual temporada do atacante.
"Deve ter sentido que estava perdendo o impulso, a velocidade, o drible. Ele foi trabalhar durante as férias e até voltou a treinar mais cedo do que o esperado. É como se ele tivesse percebido que não poderia mais atuar sem trabalhar. Já era tempo! É uma pena que ele acorde tão tarde. Ele não teria sido o melhor do mundo todos esses anos, mas teria ficado no top 3, com Messi e Cristiano Ronaldo. Ele nunca teria sido ultrapassado por De Bruyne e os outros jogadores", acrescentou.
Em 2022/23, Neymar antecipou sua volta das férias com o PSG e começou a pré-temporada mais cedo. Coincidência ou não, ele vive um dos melhores inícios de sua carreira: em 16 jogos, marcou 12 gols e deu 9 assistências.
Zé Roberto acredita que essa geração da seleção brasileira tem boas chances de vencer a Copa do Mundo do Qatar, e que é uma das melhores desde o time de 2006 que teve Ronaldo, Ronaldinho e Adriano Imperador — aquela equipe foi eliminada para a França, nas quartas de final.
"Sua motivação está sobrecarregada. A seleção pode realmente ganhar. A última vez que ela esteve tão bem armada foi em 2006 com Ronaldo, Ronaldinho, Adriano. Terminamos em primeiro lugar nas eliminatórias e vencemos a Copa das Confederações [em 2005]", afirmou.
"Esse é o caso dessa equipe. Ela tem um treinador [Tite] que progrediu e não depende mais só de Neymar porque tem Raphinha, Vinicius Jr, Antony, Paquetá... Com um time assim, Neymar entendeu que era agora ou nunca para entrar na história", concluiu.
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