Como Palmeiras venceu crise interna e se destacou na Libertadores feminina
O time feminino do Palmeiras entra em campo hoje (26), às 19h (de Brasília), contra o América de Cali, no estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito (EQU), pela semifinal da Copa Libertadores de 2022.
A equipe comandada pelo técnico Ricardo Belli venceu os três jogos da fase de grupos, contra Libertad Limpeño (3 a 0), Independiente Dragonas (7 a 0) e Universidad de Chile (2 a 1).
Nas quartas superou o Santiago Morning por 2 a 1 com um roteiro dramático: iniciou o jogo perdendo por 1 a 0, empatou aos 38 minutos do segundo tempo e virou no sexto minuto de acréscimo da partida.
O resultado fez com que a campanha das palestrinas se tornasse a melhor do Brasil na atual edição da competição — outros brasileiros na competição, o Corinthians e a Ferroviária caíram nas quartas para Boca Junior e Deportivo Cali, respectivamente.
Mas no mês passado, a equipe parecia bem distante de um resultado como esse. O Palmeiras foi eliminado na semifinal do Campeonato Brasileiro feminino após uma derrota por 4 a 0 para o Corinthians, no Allianz Parque, e o revés afetou diretamente o clube.
Eliminação contra o Corinthians e saída de jogadoras
Um revés contra um dos principais times femininos do país é normal, o problema foram os episódios que antecederam essa decisão. Uma hora antes da partida, a escalação divulgada mostrou que a zaga titular, formada por Thaís e a defensora argentina Agustina, ambas de seleção, não estaria em campo.
Segundo pessoas ouvidas pelo UOL na ocasião, Agustina ficou muito contrariada com a decisão do técnico Ricardo Belli de dar a faixa de capitã para Camilinha, na ausência de Bia Zaneratto, dias antes em um jogo do Paulistão, e a argentina manifestou seu descontentamento com a insubordinação.
Em condição de anonimato, uma colega da jogadora disse que essa não foi a primeira vez que a argentina não aceitou bem uma ordem direta do comando da equipe. Belli pediu o afastamento de Agustina, e a jogadora ficou fora do jogo contra o Corinthians. Thaís, companheira de time mais próxima de Agustina, se manifestou a favor da colega argentina, pediu para não jogar o clássico e avisou que queria deixar o Palmeiras.
Em nota via assessoria de imprensa, as duas atletas negaram que houve ato de indisciplina e se despediram do Palmeiras.
Chave da virada
Poucos dias após o desenrolar da história, o Palmeiras enfrentou o São José pelo Paulistão e venceu por 4 a 1. Ary Borges, atacante da equipe, deu um recado forte e garantiu uma melhora após o episódio.
"É valorizar quem tá aqui, quem respeita, quem trabalha todos os dias. Temos um grupo muito forte, mas nos fortalecemos muito mais. Óbvio que a derrota mancha pra quem tem tá de fora, mas nós estamos valorizando cada dia mais quem está correndo do lado uma da outra e eu acho que no final do ano vamos olhar pra trás e ver que esse momento difícil valeu a pena, porque estamos trabalhando para conquistar grandes coisas", afirmou em entrevista à TNT Sports.
No dia 21 de setembro, o Palmeiras voltou a reencontrar o Corinthians, pelo Estadual, e venceu por 2 a 0 — dando indícios da mudança na postura dita por Ary.
Desde a goleada por 4 a 0 contra o principal rival, o Alviverde está com sete vitórias seguidas e ainda sonha com o título da Libertadores — como o masculino fez nas duas últimas temporadas.
Na Libertadores feminina, o Palmeiras marcou 14 gols e só sofreu apenas dois — um dos melhores números da competição.
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