O que houve com atacante do Ceará que atraiu atenção da dupla Gre-Nal

No fim de 2020, um jogador de porte físico avantajado despertou interesse no mercado da bola. Entre os que buscaram informações sobre ele estavam Grêmio e Internacional, que depois tiveram companhia de clubes da Coreia do Sul, dos Emirados Árabes Unidos e do México. O alvo era Cléber, centroavante que mede quase dois metros. Mas dois anos se passaram e ele deixou de atrair curiosidade. Com baixo aproveitamento neste ano, o 'gigante' se distanciou dos holofotes.

Foram, até agora, oito gols e duas assistências em 38 partidas na temporada pelo Ceará. No duelo com o Botafogo, em agosto, ele sofreu lesão no quadríceps femoral da coxa esquerda. Depois de dois meses afastado, retornou contra o Atlético-MG, no início do mês, e também participou do jogo contra o Cuiabá, ambos entrando no decorrer da partida.

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Mas o protagonismo que teve em temporadas anteriores já não existe mais. O Ceará recusou aproximação dos clubes brasileiros e ofertas de empréstimo de Juarez, do México, Al Wasl, dos EAU, e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul. O desejo era 'fazer dinheiro' com o atacante que já tem 26 anos e cujo contrato vence no fim de 2024.

Mas o pico de interesse por ele passou. Hoje Cléber luta para se firmar e sofre com concorrências importantes, como de Jô, ex-Corinthians.

"Cléber sofreu uma lesão grave e se recuperou antes do previsto. A expectativa era de que ele nem atuasse mais na temporada. Com essa baixa no setor ofensivo, o Ceará foi ao mercado e trouxe Jô. Assim, o jogador perdeu espaço. Porém, está recuperado e voltou a ser relacionado no jogo contra o Atlético-MG, no início de outubro. Ele entrou no lugar do Jô, no segundo tempo. Também atuou contra o Cuiabá. O Alvinegro está numa situação complicada na tabela e é uma das equipes com pior ataque do torneio. Então, o centroavante é uma opção que Lucho pode explorar mais e melhor nessa reta final de Brasileirão. Falta ainda ritmo de jogo, precisa entrar mais. Mas ele é alto, finalizador, pode fazer a diferença no chute e na bola aérea e ajudar a mudar a situação da equipe", contou a jornalista Crisneive Silveira, do Diário do Nordeste.

O rendimento caiu e a torcida cobrou bastante. Esta é a análise do jornalista Brenno Rebouças, do jornal O Povo. Ainda que ele tenha recebido a maior parte da responsabilidade, o tema foi mais coletivo do que individual.

"O Cléber não conseguiu repetir seu desempenho, mas não foi o único. O Ceará não foi bem ofensivamente esse ano, tanto é que mudou muito os jogadores da frente, testou vários centroavantes. Ele não rendeu, mas talvez tenha sido o que mais fez gols. Mas a insatisfação dos torcedores foi grande e eles acabaram concentrando isso no Cléber. Ele, inclusive, passou por um momento em que pegava na bola e era criticado, o torcedor vaiava bastante", disse.

Ainda que distante do time, Cléber jamais reagiu e buscou cumprir com seu papel em campo quando possível.

"Ele não foi tão titular como no ano passado. O time todo não foi bem, e as reclamações se concentraram nele. Mas ele sempre foi muito útil no plano de jogo. Volta para marcar, ajuda muito na defesa. Sempre foi muito útil e entregou tudo que podia. Ele é um cara muito tranquilo, tem postura, nunca respondeu torcedor, nada disso. Acho que não foi algo só dele, foi mais coletivo e que houve um desempenho abaixo", completou Brenno.

Interesse de gaúchos

Inter e Grêmio se interessaram por Cléber entre 2020 e 2021. Por indicação de Renato Gaúcho, o Tricolor chegou a tentar uma aproximação ao Ceará, sem sucesso. Já o Colorado não passou de uma busca por informações, sem executar oferta.

Hoje, nenhum dos dois clubes coloca o jogador entre possíveis alvos para 2023. Mesmo que ambos busquem referências para o ataque, segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, nem azuis nem vermelhos planejam tirar o centroavante do Vozão neste momento.

Cleber não começa o jogo entre Inter e Ceará, marcado para hoje (26), às 21h45 (de Brasília), no Beira-Rio.