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Rafael Sóbis diz que não concentrava no Fluminense: 'Pôquer e pizza'

O ex-atacante Rafael Sóbis - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
O ex-atacante Rafael Sóbis Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/10/2022 12h20

Entre 2011 e 2014, quando atuou no Fluminense, Rafael Sóbis pode dizer que viveu altos e baixos dentro e fora de campo. Campeão carioca e brasileiro em 2012, o time tricolor brigou contra o rebaixamento em 2013. Fora de campo, o ex-atacante revelou que passou por perrengues pela falta de estrutura. No entanto, ele também teve uma vida agitada com os colegas.

O ex-jogador afirmou que o sucesso daquele time é difícil de ser explicado. De acordo com Sóbis, a quantidade de treinos com certeza não é a melhor explicação, já que vários trabalhos de preparação eram cancelados a pedido do grupo.

"Ali [no Fluminense de 2012] nós ganhamos todas sem treinar. Aquilo ali não é regra. Era surreal o que acontecia. O Abel era um gestor absurdo, um fenômeno. Só tinha 'bandido' naquele time. No bom sentido", declarou Sóbis em entrevista ao podcast "Flow Sport Club".

"Quando eu morava no Rio, eu tinha uma boate dentro de casa. Era tudo lá em casa. Eu deixava o portão aberto. Eu deixava a porta da minha casa aberta, os caras iam, faziam festa e voltavam. Eu não aguentava o ritmo dos caras. E era 24h de festa. Ia o Abel Braga, o Celso Barros, da Unimed. Todo mundo lá em casa. Era o encontro. E dava. Ganhando, ganhando, ganhando", complementou.

Sobre a concentração, Sóbis revelou que era o momento em que os jogadores se reuniam para jogar pôquer e comer pizza. E, mesmo sem seguir uma rotina saudável no dia das partidas, a equipe continuava a vencer.

"A gente pedia para tirar o treino, o Abel falava: 'Quer me f*der?'. E tirava o treino. A gente ganhava. Não tinha explicação. [...] Não posso nem falar negócio de concentração, porque a gente nem concentrava. Era pôquer a noite toda. Já parei, posso falar. Era pôquer a madrugada toda. E pizza da rua. Aí, acordava 12h. E ganhava. É inacreditável", completou Rafael Sóbis.