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SPFC busca alcançar meta traçada por Ceni em 2022, apesar de instabilidade

São Paulo recebe o Atlético-MG pela 35ª rodada do Brasileirão - Rubens Chiri / São Paulo FC
São Paulo recebe o Atlético-MG pela 35ª rodada do Brasileirão Imagem: Rubens Chiri / São Paulo FC

Thiago Braga

Do UOL, em São Paulo

01/11/2022 04h00

O São Paulo entra em campo, na noite de hoje (1º), para consolidar o planejamento feito para esta temporada e, assim, se aproximar da classificação à próxima edição da Copa Libertadores. O adversário de logo mais, no Morumbi, pela 35ª rodada do Brasileirão, é o Atlético-MG, rival direto pela vaga na principal competição da América do Sul.

Apesar de uma temporada que teve como marca a oscilação, o Tricolor chega à reta final do ano perto de atingir o objetivo traçado por Rogério Ceni. O técnico deixou claro desde o início de 2022 que era necessário que a equipe conseguisse a vaga na Libertadores, e que a prioridade era a disputa do Campeonato Brasileiro.

Faltando quatro rodadas para acabar o campeonato, o Tricolor está na oitava posição, com 50 pontos. O Atlético-MG tem 51 pontos e está uma posição à frente. O duelo desta noite no Morumbi é uma luta para ver quem assume a sexta colocação, que dá uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Atualmente, o posto pertence ao Athletico-PR, também com 51 pontos — o Furacão recebe amanhã (2) o Goiás.

Com o avanço do São Paulo na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o Brasileirão ficou em segundo plano. Assim, o Nacional foi relegado, com Ceni precisando escalar muitas vezes um time reserva para preservar os titulares, visando as partidas eliminatórias que a equipe disputava.

Porém, depois que voltou suas atenções para o Brasileirão, o time deslanchou. Nem mesmo a derrota para o Independiente del Valle, do Equador, na final da Sul-Americana, impediu o Tricolor de subir na tabela. Nas últimas dez partidas pelo Brasileiro, são seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Assim, a equipe se livrou da preocupação com o rebaixamento e deu um salto na tabela.

Da euforia à esperança, passando por decepções

Patrick disputa lance com Carabajal, do Independiente del Valle, durante final da Copa Sul-Americana - Marcelo Endelli/Getty Images - Marcelo Endelli/Getty Images
Patrick, do São Paulo, disputa lance com Mateo Carabajal, do Independiente del Valle, durante final da Copa Sul-Americana
Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

O ano do São Paulo começou instável, com duas derrotas e um empate nos três primeiros jogos do Campeonato Paulista. As vitórias nos clássicos e o avanço no Estadual deram confiança ao time, que chegou à decisão do Paulistão. Com moral em alta, fez 3 a 1 no primeiro jogo da final diante do Palmeiras. Mas foi atropelado no jogo da volta, levou 4 a 0 e perdeu o título.

A partir daí, o time passou a dividir atenções entre a Sul-Americana e o Brasileirão. A opção de Ceni, enquanto o São Paulo disputava a fase de grupos da Sul-Americana, era escalar um time misto na competição, o que foi suficiente para que a equipe avançasse para a fase de mata-mata.

No Campeonato Brasileiro, o time começou bem, com goleada sobre o Athletico-PR. Foi derrotado pelo Flamengo, mas emendou nove jogos sem derrota no Brasileiro - 15 jogos sem perder somadas todas as competições. Com isso, conseguiu eliminar o Palmeiras na Copa do Brasil e rumou até a semifinal, quando caiu diante do Flamengo.

Na Sul-Americana, passou por Ceará e Atlético-GO nos pênaltis, até encontrar o Del Valle e ser derrotado na final de Córdoba, um mês atrás.

"Eu estou satisfeito com o resultado, por ainda poder estar brigando por uma vaga na Libertadores. Acho que o ano como um todo tem que ser valorizado. Depois de uma derrota em uma final, estes jogadores ainda conseguirem estar disputando ou tentando colocar o São Paulo na Libertadores", analisou Ceni, após a vitória sobre o Atlético-GO, semana passada, que recolocou o São Paulo em condições de brigar pela vaga na Libertadores.

"Professor", Ceni se especializou em recuperar jogadores

Rogério Ceni, técnico do São Paulo, em treino no CT da Barra Funda - Erico Leonan / saopaulofc - Erico Leonan / saopaulofc
Rogério Ceni, técnico do São Paulo, em treino no CT da Barra Funda
Imagem: Erico Leonan / saopaulofc

Com um elenco enxuto na maior parte do ano — seja pela falta de contratações, ou pelas lesões que deixaram Rogério com poucas opções —, o treinador tricolor mostrou sua capacidade de adaptação.

Depois de ter "estourado" com Fernando Diniz, em 2020, Diego Costa perdeu espaço no clube com a chegada de Hernán Crespo. No início deste ano, a zaga parecia estar consolidada com Miranda e Arboleda, tendo Léo como o reserva imediato. Aos poucos, o zagueiro criado nas categorias de base de Cotia recuperou espaço.

E não só isso. Ganhou a confiança de Ceni, que o recolocou no time titular, com direito a faixa de capitão. Diego Costa tem 49 jogos em 2022. Em 2021, atuou em apenas 20 das 70 partidas na temporada, menos jogos, inclusive, que em 2020, quando jogou 30 dos 65 duelos que o Tricolor fez.

Outro jogador que reencontrou seu melhor futebol foi Jonathan Calleri. Com 25 gols em 63 jogos até aqui, Calleri faz a temporada mais goleadora da carreira. De quebra, Ceni deu ao camisa 9 um parceiro com quem tabelar.

Após começar 2022 lesionado, aos poucos o camisa 11 foi reencontrando o melhor desempenho. Além de ter marcado 19 gols, Luciano se notabilizou por aparecer nos momentos decisivos. É o jogador que mais marcou gols em partidas de mata-mata no elenco este ano, ajudando o São Paulo a eliminar o Palmeiras e o América-MG, na Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO x ATLÉTICO-MG

Competição: Campeonato Brasileiro - 35ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data e hora: 1º de novembro de 2022 (terça-feira), às 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa/SC)
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa/GO) e Alex dos Santos (SC)
VAR: Wagner Reway (PB)

SÃO PAULO: Felipe Alves; Ferraresi, Luizão e Leo; Rafinha, Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Patrick e Reinaldo; Luciano e Calleri. Técnico: Rogério Ceni

ATLÉTICO-MG: Everson; Guga, Jemerson, Junior Alonso e Dodô; Allan, Jair e Zaracho, Pavón, Keno e Eduardo Sasha. Técnico: Cuca

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