Tironi: Gabigol é excelente jogador, mas não tem lugar na Copa do Mundo

Autor do gol que deu o tricampeonato ao Flamengo na Libertadores, sendo mais uma vez decisivo para o clube na competição, Gabigol reforçou em entrevista a André Hernán, no UOL, o desejo de disputar a Copa do Mundo pela seleção brasileira. Para Eduardo Tironi, o problema para o goleador rubro-negro é a concorrência, questionando quem sairia para que ele pudesse ser chamado entre os 26 de Tite.

No UOL News Esporte, ao lado de Domitila Becker e José Trajano, Tironi destaca o fato de ele ter atuado mais recuado na atual temporada e, apesar dos gols importantes que faz, não teria a mesma importância que Pedro para o Mundial do Qatar.

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"Fez gol na final, mas foi uma temporada em que ele jogou em outra posição com o Dorival Júnior, jogou como meia-atacante, mais atrás, jogando nesta posição ele entra no lugar de quem? Ou jogando na posição de atacante ele entra no lugar de quem? A conversa há um mês era o Pedro, para os dois irem eu acho que não, acho que ele não fez na seleção brasileira, a gente nunca falou que é um cara imprescindível na seleção".

"Acho um super atacante, um atacante espetacular, finaliza como poucos, tem porte físico, é um excelente jogador, mas acho que para ir para essa Copa do Mundo não, acho que tem outros caras que merecem ir, o Pedro mesmo. O Gabigol pelo que jogou na final e fez o gol? Não acho"

Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos comentaristas do UOL:

Trajano: Leônidas da Silva e Zizinho foram maiores que o Gabigol

Os gols em três finais de Libertadores pelo Flamengo aumentaram a idolatria da torcida por Gabigol, levando até a comparações e análises sobre o patamar dele dentro do clube. Para José Trajano, ele está longe de ser o maior atacante entre os ídolos rubro-negros, isso sem falar em Zico.

"Eu acho esse tipo de conversa meio atravessada, a comparação mais próxima que tem é com o Zico, mas o Zico também já parou de jogar há muito tempo, tem muito jovem aí que não viu, mas o Zico ainda tem gols, tem vídeos para ver, mas os maiores ídolos atacantes do Flamengo foram Leônidas da Silva e Zizinho, depois o Zico. Comparar Gabigol com Zizinho e Leônidas da Silva, ele tem que comer muito mingau ainda", diz Trajano.

"Não dá para colocar nem na mesma página o Zico e o Gabigol, isso eu estou falando só do Flamengo, o Zico marcou 500 gols no Flamengo, ele nasceu no Flamengo, foi ídolo do Flamengo, é o Pelé do Flamengo, então não dá nem para chegar perto", concorda Tironi.

Tironi: Dorival seria bom para a seleção, mas não é uma unanimidade

Os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil levaram o técnico Dorival Júnior a terminar o ano bem cotado no comando do Flamengo e já há quem o considere um nome forte para assumir o comando da seleção brasileira depois da Copa do Mundo do Qatar, quando Tite deixará o cargo. Para Tironi, o treinador rubro-negro é bom e virou o nome da vez, mas está longe de ser uma unanimidade como era Tite quando foi o contratado.

"Acho um bom, mas não estamos falando de um treinador que seja unanimidade, como o cara que vai resolver o problema da seleção brasileira. Compara com o Tite, quando o Tite foi para a seleção, não tinha ninguém com alguma dúvida de que ele era o melhor treinador brasileiro em atividade, com o Dorival não, a gente pode falar de vários treinadores que poderiam ser técnicos da seleção".

Trajano: São Paulo e Galo fazem um jogo melancólico

O São Paulo perdeu a chance de uma vaga direta na Libertadores ao ser derrotado na final da Copa Sul-Americana pelo Independiente Del Valle, enquanto o Atlético-MG ficou longe de brigar por títulos. Os dois se enfrentam hoje pelo Brasileirão em duelo direto por uma vaga na próxima Libertadores, em um jogo que reúne times que decepcionaram na temporada, como ressalta Trajano.

"O Galo é a maior decepção, temos que lembrar que é o atual campeão. Eu sempre faço a pergunta de que momento um técnico deve ser mandado embora, o Cuca está no momento de ser mandado embora, porque a decepção não é só o Atlético-MG como instituição, como clube e como time, é a chegada do Cuca. Me parece que o São Paulo está abandonado, não digo que está conformado com a desgraça, mas está aquela coisa meio relaxada, é um jogo melancólico, vamos dizer assim".

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