Agora no Juventude, Celso Roth está de volta ao futebol após seis anos
Em 17 de novembro de 2016, o Internacional empatou em 1 a 1 com a Ponte Preta, no Beira-Rio, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado ruim em casa complicou a equipe colorada na luta contra o rebaixamento e custou o cargo do técnico Celso Roth, que comandou o time em 16 rodadas naquela edição da competição.
A queda do Inter se confirmou, e Roth foi "descartado pelo mercado", como ele mesmo descreveu ao UOL Esporte, em agosto. Mas seis anos depois, o treinador está de volta ao futebol brasileiro. O hiato se encerrou, visto que o treinador foi contrato pelo já rebaixado Juventude. E a estreia já acontece hoje (2), contra o Coritiba, às 19h, no estádio Alfredo Jaconi.
"Depois de 2016, na última passagem pelo Internacional, eu fui simplesmente descartado pelo mercado. No anterior teve o rebaixamento do Vasco. Aí é uma consequência até natural, poderia até ter voltado. Mas depois dessas experiências a gente acaba tendo um pouquinho mais de filtro. E fica tendo esse tempo, que não é sabático. Não são seis anos ainda, mas são quase seis anos, mas não parei. Assim que tiver uma oportunidade, que achar que vale a pena, a gente retorna", disse ao UOL Esporte, em agosto.
A missão já é pensar na próxima temporada do Juventude. O treinador vai aproveitar as quatro rodadas finais do Brasileirão para fazer observações, já projetando o elenco que montará no ano que vem.
Nos seis anos em que ficou afastado do futebol, Celso Roth disse que acompanhou bastante futebol, do Brasil, da Europa e até mesmo de outros continentes. Foi assim que se manteve atualizado, enquanto esperava convite para voltar ao cenário. Para o treinador, além da queda do Inter, o rebaixamento do Vasco no ano anterior também fez com que seu nome fosse deixado de lado, afinal, ele teve participação na terceira queda do clube cruz-maltino.
Apesar de ter a carreira marcada por dirigir muitos clubes, está é a primeira experiência como técnico no clube de Caixas do Sul, onde como jogador. Pouca gente sabe, mas na curta experiência que teve como zagueiro, Roth defendeu o Ju nos anos 1970. Ele ainda voltou ao clube na década seguinte, como preparador físico e até fez parte da comissão técnica de Luiz Felipe Scolari.
Críticas ao excesso de técnicos estrangeiros
Um dos motivos que pode explicar os seis anos de Celso Roth afastado do futebol é a quantidade de treinadores estrangeiros contratados pelos clubes brasileiros nas últimas temporadas, segundo a opinião do próprio técnico gaúcho.
"O que mudou no futebol brasileiro com vinda dos técnicos estrangeiros? Nós tivemos a vinda do Jesus, conhecido meu antes mesmo de se consagrar. O Jesus é contestado em Portugal, tanto que não ficou. Ele veio para cá e foi bem-sucedido. Teve sua metodologia vencedora, mas mudou o que no futebol do Flamengo?", em sua apresentação no Juventude.
"Mesma coisa o Abel Ferreira. Se vocês olharem a história da contratação do Abel Ferreira é história de manchete. Ganhou duas Libertadores, está consagrado, com méritos, mas é o time mais gaúcho nacionalmente falando. Não sai jogando, bota a bola na vertical, marca intensivamente, é o time que mais faltas faz no Brasileirão e ninguém percebe isso. Mudou o que no futebol brasileiro? Não é falta de respeito isso, não. A gente que já saiu e trabalhou no exterior, agora estamos nesse momento, porque perdemos a Copa de 2014 (...) Eu vejo um modismo dos dirigentes de contratar um treinador, porque depois de três meses não vão incomodar. Espero que não seja modismo. Espero que contrate pela qualidade do profissional", acrescentou.
Com mais de duas dezenas de clubes no currículo, Celso Roth tem passagens por nove dos chamados dos 12 grandes clubes do Brasil. O treinador gaúcho não trabalhou somente no Corinthians, no Fluminense e no São Paulo.
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